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Millennials e consumidores globais forçam empresas dos EUA a se posicionar sobre temas políticos

Empresas estão deixando de lado a relutância em falar sobre questões sociais e políticas

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Ross Kerber Jessica DiNapoli
Boston e Nova York | Reuters

Um impulso para atrair talentos jovens e plurais e consumidores globais está por trás de parte da disposição das empresas norte-americanas de se manifestar sobre questões focadas em política, como a nova lei de votação da Geórgia, disseram executivos e especialistas em governança corporativa.

A decisão da Geórgia no mês passado de fortalecer os requisitos de identificação para votos de ausentes e tornar uma contravenção oferecer comida e água aos eleitores que aguardam na fila, entre outras mudanças, atraiu a condenação de muitas empresas dos Estados Unidos nesta semana, incluindo Microsoft Corp e Citigroup.

Várias empresas afirmam que isso priva alguns eleitores. Algumas, como Delta Air Lines e Coca-Cola Co., estão sediadas na Geórgia, onde parlamentares estaduais têm o poder de aumentar impostos locais. O CEO da Delta, Ed Bastian, disse em um memorando público que sua decisão de se manifestar veio após discussões com líderes e funcionários da comunidade negra.

As empresas que criticam a lei até agora representam apenas uma gota no oceano do cenário corporativo dos EUA. Ainda assim, elas fazem parte de um grupo crescente de empresas que estão deixando de lado sua relutância em falar sobre questões sociais e politicamente polêmicas que importam para muitos de seus funcionários e clientes em todo o mundo, disseram líderes empresariais entrevistados pela Reuters.

"Os jovens querem mais do que palavras, eles querem ação", disse Debra Lee, ex-presidente e CEO da BET Networks, rede de TV de propriedade da ViacomCBS Inc, em uma entrevista na quinta-feira. A ViacomCBS também criticou a lei da Geórgia.

Um novo enfoque dos investidores em questões ambientais, sociais e de governança, como mudanças climáticas e os movimentos Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) e #MeToo (#EuTambém), também têm encorajado as companhias.

Exemplos recentes variam de empresas que criticaram as alegações de fraude eleitoral do ex-presidente Donald Trump até o patrocinador do estádio de futebol Washington Redskins, Fedex Corp, pedindo a mudança do nome do time. As varejistas Walmart Inc e Dick's Sporting Goods Inc, por exemplo, adotaram novas restrições à venda de armas após tiroteios em massa.

Algumas empresas que relutam em criticar leis ou políticas específicas ainda estão dispostas a fazer declarações mais gerais. Por exemplo, cerca de 330 das 500 companhias do índice S&P 500 emitiram comentários no ano passado em apoio à justiça social após a morte de George Floyd, um homem negro, sob custódia da polícia de Minneapolis, de acordo com o grupo de defesa de acionistas As You Sow.

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