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Descrição de chapéu Banco do Brasil

Novo presidente do BB diz a funcionários que está alinhado com Bolsonaro

Retorno adequado aos acionistas também é prioridade, disse Fausto Ribeiro

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São Paulo

O novo presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro, enviou uma carta aos funcionários da instituição nesta segunda-feira (5) onde afirma ter o compromisso de oferecer retornos adequados aos acionistas e de atuar de forma alinhada às diretrizes do governo federal.

O novo presidente da instituição, empossado na última quinta-feira (1º) no lugar de André Brandão, também afirmou que a indústria bancária vive desafios de concorrência e na mudança da própria estrutura para tentar se antecipar às inovações tecnológicas.

“É inegociável buscar eficiência, lucros crescentes, rentabilidade compatível com as principais instituições financeiras”, afirmou Ribeiro na carta.

Novo presidente do Banco do Brasil afirma compromisso e alinhamento às diretrizes do governo federal - Amanda Perobelli - 24.mar.2020/Reuters

No documento, o novo presidente afirma ainda que os esforços estarão concentrados em iniciativas estruturantes, como a aceleração digital, a integração dos canais físico e digital, o compromisso com a austeridade e eficiência nas despesas e investimentos, desinvestimentos e reorganização societária em negócios com baixa complementariedade ao banco, entre outros.

A carta de Ribeiro vem poucos dias depois de o então presidente do conselho administrativo do banco, Hélio Magalhães, ter renunciado ao cargo por discordar da interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na instituição, com a indicação de um novo presidente e novos integrantes do colegiado, grupo que determina a direção que o banco vai tomar.

Além de Magalhães, outro conselheiro, José Guimarães Monforte, abriu mão do cargo. Ambos deixaram os cargos oficialmente na sexta-feira (2), segundo comunicado do BB ao mercado.

Na carta de renúncia, Magalhães havia criticado a interferência de Bolsonaro no banco ao indicar o administrador Fausto de Andrade Ribeiro, 52, como novo presidente. Segundo ele, Ribeiro não passou pelo crivo do conselho de administração. Tido como bolsonarista, ele hoje dirige o braço de consórcios do BB.

“No caso do BB, me refiro às tentativas de desrespeito à governança corporativa, ainda que frustradas pela atuação diligente deste conselho e pela higidez dos mecanismos de governança da companhia," escreveu ao justificar a saída.

"Como exemplo, cito as interferências externas na execução do plano de eficiência da companhia aprovado por este conselho e obviamente necessário para adequá-la aos novos tempos e desafios do setor. Ato contínuo, renovo meu protesto ao rito de escolha do novo presidente do banco, o qual simplesmente não considera o desejável crivo deste conselho, vez que baseado em legislação anacrônica e contrária às melhores práticas de governança em nível global."

Brandão, que atuou no HSBC e que tinha simpatia de Paulo Guedes (Economia), conquistou a antipatia de Bolsonaro em janeiro deste ano, depois de anunciar o fechamento de 112 agências do BB e um programa de desligamento de mais de 5 mil funcionários no momento de alta da taxa de desemprego no mercado. O atrito culminou com a renúncia do cargo por Brandão em meados de março.

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