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Analistas do Citi apoiam novo banco de desenvolvimento para alcançar metas do clima

Líderes globais se reunirão em Glasgow para a cúpula do clima COP26, para elaborar planos para conter o aquecimento global

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Brenna Hughes Neghaiwi Simon Jessop
Zurique (Suíça) | Reuters

Um novo banco de desenvolvimento multilateral para ação climática é necessário para ajudar a canalizar dinheiro para os mercados emergentes de maneira mais eficaz, disseram analistas do banco Citigroup nos Estados Unidos na terça-feira (27), dias antes da cúpula do clima da ONU.

Líderes globais se reunirão em Glasgow, na Escócia, em 31 de outubro para a cúpula do clima COP26, com o objetivo de elaborar planos mais ambiciosos para conter o aquecimento global e definir o financiamento necessário para acelerar a mudança do planeta para uma economia com menor emissão de carbono.

No Acordo do Clima de Paris, os países desenvolvidos prometeram pelo menos US$ 100 bilhões anualmente para ajudar a suprir as necessidades financeiras dos países em desenvolvimento ligadas ao clima, enquanto esta cúpula espera ajudar a mobilizar trilhões de dólares em finanças do setor privado para investimentos climáticos.


Citando um chamado Banco de Desenvolvimento para Ação Climática, o Citi propôs uma nova instituição global dedicada a financiar empreendimentos com menor emissão de carbono, com fundos de países do mundo todo.

"Acreditamos que seria muito mais eficiente se o capital fosse alocado com a ajuda de uma instituição plenamente dedicada a alcançar os objetivos da mudança climática", disseram os autores do Citi.

Esse banco poderia funcionar juntamente com outros bancos de desenvolvimento, como o Banco Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento ou o Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento, para coordenar instituições de ação climática e outras metas.

Ele poderia ainda ajudar a utilizar trilhões em investimentos do setor privado, adotando uma abordagem financeira mista, ou acordos público-privados apoiados por instituições financiadas por governos, assim reduzindo os riscos e as barreiras para investidores apoiarem projetos, especialmente nas economias emergentes.

Os líderes econômicos do mundo também esperam chegar a uma solução na cúpula sobre questões que impediram o uso de precificação do carbono para reduzir as emissões mundiais. Eles pretendem intensificar o papel das empresas na desaceleração do aquecimento global.

"Para termos alguma chance de ficar num aumento máximo da temperatura de 1,5 grau C, precisamos fazer muito, muito mais para reduzir as emissões", concluiu uma equipe de nove especialistas no relatório sobre o mercado de carbono global do Citi, de 104 páginas, pedindo um esforço global coordenado para ajudar a precificar o carbono e remover os obstáculos para que países em desenvolvimento tenham acesso a financiamento climático.

"Não podemos realisticamente esperar que os mercados emergentes financiem seus próprios programas de descarbonização e desacelerem seu crescimento econômico. O objetivo deve recair pelo menos em parte nos países desenvolvidos", disseram os autores. "Precisamos encontrar um mecanismo pelo qual os esforços globais para descarbonizar sejam financiados de maneira eficiente e equitativa."

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

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