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A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, pediu nesta quarta-feira (27) ao G20 para que acelere a implementação de um "quadro comum" para reestruturar a dívida dos países pobres.
Os países ricos do G20 lançaram no ano passado, após o início da pandemia de coronavírus, a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI) para as nações mais pobres, que foi estendida até o final de 2021.
Além disso, em novembro de 2020, eles criaram um "quadro comum" com o objetivo de reestruturar ou mesmo cancelar a dívida dos países que o solicitarem.
No entanto, por enquanto, os credores privados, especialmente os chineses, estão desacelerando sua implementação.
"Devemos acelerar a implementação do quadro comum do G20", disse Georgieva em um blog postado nesta quarta antes da reunião do grupo das nações mais industrializadas no fim de semana em Roma.
A chefe do FMI indicou que é essencial "esclarecer" como esse quadro será usado e "encorajar" os países devedores a solicitá-lo "assim que houver sinais claros de agravamento do superendividamento".
"O envolvimento precoce com todos os credores, incluindo aqueles do setor privado, e prazos mais rápidos de liquidação de dívidas farão a diferença no papel e na atratividade da estrutura comum", observou Georgieva.
O presidente do Banco Mundial, David Malpass, havia alertado durante as reuniões dos organismos multilaterais de crédito em meados de outubro sobre os riscos de endividamento excessivo para os países pobres que saem da pandemia, pedindo uma "abordagem abrangente" para o problema da dívida, incluindo sua redução.
Malpass destacou ainda a necessidade de ação urgente quando a DSSI expirar no final de dezembro.
Ele também instou todas as partes interessadas a implementarem o "quadro comum" para fornecer assistência aos países elegíveis à DSSI assim que o programa expirar.
Mais de 40 países receberam ajuda por meio da DSSI por um total de US$ 5 bilhões (R$ 27,8 bilhões, na cotação atual) desde sua entrada em vigor, em maio de 2020, segundo dados do Banco Mundial.
A dívida aumentou 12% nos países pobres qualificados para a DSSI, para um recorde de US$ 860 bilhões (R$ 4,8 trilhões) no ano passado, de acordo com um relatório da agência divulgado no início deste mês.
"Embora a recuperação econômica global continue, muitos países continuam sofrendo gravemente", disse Georgieva nesta quarta-feira.
"Nesta situação precária, as nações vulneráveis não deveriam ser solicitadas a escolher entre pagar aos credores ou fornecer assistência médica" às suas populações.
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