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Vendas da Black Friday devem cair pela primeira vez em cinco anos com impacto da inflação

Data tende a movimentar R$ 3,93 bilhões em 2021, diz CNC

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Rio de Janeiro

Com o efeito da inflação, as vendas da Black Friday no Brasil devem cair, em 2021, pela primeira vez em cinco anos, aponta projeção divulgada nesta quarta-feira (17) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Segundo a estimativa, a data deve movimentar R$ 3,93 bilhões neste ano. É o maior patamar nominal de vendas (sem levar em conta a inflação) desde que o evento foi incorporado ao varejo nacional, em 2010.

Contudo, devido à escalada dos preços, o cenário fica diferente. Em termos reais, com o desconto da inflação, o volume projetado para 2021 representa queda de 6,5% frente ao ano passado, a primeira retração desde 2016. Ou seja, em cinco anos.

"O ritmo atual da inflação anualizada —em +10,67%, segundo o IPCA acumulado nos 12 meses encerrados em outubro— se constitui em um obstáculo à expansão do volume de vendas, mesmo em um contexto de aceleração do consumo digital após a pandemia de Covid-19", afirma a CNC.

Para a entidade, a alta de preços também deve dificultar descontos mais agressivos, uma das promessas da Black Friday a cada ano. Em 2021, o evento está agendado para o próximo dia 26.

"A CNC coletou diariamente mais de 2.000 preços de itens agrupados em 34 linhas de produtos ao longo dos últimos 40 dias, encerrados em 16 de novembro", diz a entidade.

"Destes, 26% revelaram tendências de redução de preços no período –percentual que contrasta com os 46% observados às vésperas da Black Friday de 2020, quando a taxa de inflação era de menos da metade da atual (+3,9%)", completa.

A data é a quinta mais importante para o varejo, ficando atrás de Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.

A CNC afirma que, neste ano, os segmentos de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,105 bilhão) e de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 906,57 milhões) devem responder por mais da metade (51,2%) da movimentação financeira prevista.

Os ramos de hipermercados e supermercados (R$ 779,09 milhões) e de vestuário, calçados e acessórios (R$ 693,12 milhões) também devem se destacar.

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