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Retomada desigual nos serviços, caça-bitcoins e o que importa no mercado

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Concessionária devolve Galeão

O Galeão terá uma nova administração. Alegando impactos sofridos pela crise econômica e pelos efeitos da pandemia, a concessionária RIOGaleão anunciou nesta quinta-feira (10) que pediu a devolução do aeroporto internacional Tom Jobim.

Com a decisão da operadora, o governo optou por adiar o leilão de Santos Dumont para 2023, para ser feito em conjunto com o do Galeão.

Entenda: a RIOGaleão é controlada pela Changi Airports, de Singapura, que tem 51%, enquanto a Infraero tem 49% restante. O aeroporto foi concedido à iniciativa privada em 2013, com um lance de R$ 19 bilhões. O contrato iria até 2039.

Como fica: o terminal continuará sob a atual concessionária até que um novo operador assuma após novo leilão do governo federal. Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, há um prazo de dois anos para a transição.

Área de embarque internacional do aeroporto Galeão, no Rio - Mauro Pimentel - 13.abr.2021/AFP

Problema resolvido? A devolução do aeroporto deve encerrar uma discussão entre governo, estado e município que vinha se arrastando nas últimas semanas.

  • Agora, a ideia é leiloar o Santos Dumont junto com o Galeão para a mesma operadora. Os dois aeroportos são separados por menos de 20 quilômetros.
  • Até então, o plano era leiloar o Santos Dumont de maneira isolada, e o grande aumento na oferta de voos no terminal poderia gerar uma competição predatória com o Galeão, segundo as autoridades locais. A visão era contestada pelo governo federal.

Serviços se recuperam do tombo de 2020

O volume do setor de serviços cresceu 1,4% em dezembro, bem acima da estimativa do mercado (0,6%), e fechou 2021 com alta de 10,9%, informou o IBGE nesta quinta.

O avanço anual é expressivo, mas parte de uma baixa base de comparação com 2020, quando amargou queda recorde de 7,8%.

O que explica: o setor de serviços, o que mais emprega no país, foi o mais afetado pelas medidas de restrição à circulação adotadas durante a pandemia. Com o avanço da vacinação em 2021, a retomada foi mais forte, ainda que ela tenha acontecido de maneira desigual.

  • Os serviços prestados às famílias, que incluem os bares, hotéis e restaurantes, e dependem mais da circulação de clientes, engrenaram em 2021, mas ainda estão 11,2% abaixo do patamar pré-pandemia.
  • Já as atividades voltadas às empresas, como os serviços de informação e comunicação, estão 12,8% acima do pré-crise. Aí estão incluídos telecomunicações, tecnologia da informação, serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias.

Recuperação dos setores: enquanto os serviços ficaram, em dezembro, 6,6% acima do nível pré-pandemia, a indústria está 0,9% abaixo e o comércio 2,3% atrás dos patamares de fevereiro de 2020.

A escalada dos juros, a pressão inflacionária e a queda da renda dos brasileiros, que já atrapalharam a atividade em 2021, devem contribuir com a perda de ritmo neste ano, apontam os economistas.


Como as criptos são roubadas?

A apreensão nos EUA de US$ 3,6 bilhões (R$ 19 bilhões) em bitcoins roubados, a maior do tipo na história, trouxe junto a pergunta: como é possível alguém sequestrar criptomoedas?

O caso: em 2016, um hacker invadiu os sistemas da plataforma Bitfinex, e roubou quase 120 mil bitcoins. Nesta semana, um casal suspeito de lavar essa quantia foi detido.

Como acontece? Uma possibilidade é a do caso americano, já que algumas plataformas armazenam, em seus servidores, chaves de acesso às carteiras digitais de seus clientes.

Outra é ainda mais rara, e envolve o hackeamento de parte da cadeia de um blockchain particular, assumindo o controle de mais da metade de sua mineração, que verifica as transações.

Caixa eletrônico na Suiça que aceita transações em Bitcoin (BTH), Ether (ETH), Litecoin (LTC) e Monero (XMR) - Arnd Wiegmann - 25.jun.2021/Reuters

Evolução: as transações com criptos com fins ilegais vêm caindo nos últimos anos, justamente pelo reforço da segurança das plataformas às carteiras digitais. Segundo a Chainalysis, que monitora o setor, as movimentações criminosas foram de US$ 10 bilhões (R$ 52 bilhões) em 2020, a metade do ano anterior.

Caçadores de criptos: há também nesse universo a figura dos "hackers do bem". São pessoas que se especializaram na busca dos bitcoins perdidos, ou seja, de pessoas que perderam os dados da carteira virtual que armazena as criptos.

  • Para recuperar, eles partem de algumas pistas do esquecido para tentar centenas de milhares de possibilidades de ID e senhas.
  • A tarefa é hercúlea, e alguns caçadores estimam poder recuperar 2,5% dos bitcoins perdidos –o que já é uma quantia significativa, que alcançaria o valor de US$ 3,9 bilhões (R$ 20,3 bilhões).

Mais sobre mundo cripto:

A corretora Binance vai investir US$ 200 milhões (R$ 1,04 bilhão) na Forbes por meio de uma empresa de aquisição de propósito específico (Spac).


Dê uma pausa: ferramenta antivício

O Instagram lançou na semana passada uma ferramenta pensada para ajudar os usuários que acreditam estar fazendo um uso abusivo da rede social: a Faça uma Pausa.

Entenda: a nova funcionalidade pode ser ativada na aba "Sua atividade", no menu lateral do aplicativo, em que o usuário pode programar lembretes para fazer pausas a cada 10, 20 ou 30 minutos.

Por que importa: o vício em redes sociais já pode ser comparado à dependência de drogas, afirma o psicólogo espanhol Marc Masip. O experimento de ficar horas sem redes sociais pôde ser vivenciado por milhões de usuários no dia 4 de outubro, quando Facebook, Instagram e WhatsApp ficaram seis horas fora do ar.

Cena do documentário "O Dilema das Redes", lançado em 2020 - Divulgação

Para saber mais sobre a consequência do uso indiscriminado das plataformas.

  • "O Dilema das Redes": o documentário repercutiu bastante logo quando foi lançado, em 2020. Nele, inúmeros ex-funcionários das plataformas explicam como as redes sociais e seus algoritmos estão deixando as pessoas viciadas, semeando a discórdia e minando a democracia. Disponível na Netflix.
  • "Irresistível" - Por que você é viciado em tecnologia e como lidar com ela: o professor de psicologia e marketing Adam Alter analisa o crescimento desse vício comportamental e quais as melhores maneiras de solucioná-lo (Objetiva, trad. Cássio de Arantes Leite, R$ 52,90, R$ 29,90 ebook, 191 págs.).

Além da economia:

  • GuiaFolha: saiba como assistir aos principais indicados ao Oscar 2022 no streaming e nos cinemas.
  • Café da Manhã: a defesa de um partido nazista e os limites da liberdade de expressão; ouça podcast.

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