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Sony contra-ataca, startup de RH capta R$ 500 milhões e o que importa no mercado

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O contra-ataque da Sony

As aquisições no mundo dos games não param. Nesta segunda-feira (31), foi a vez da Sony anunciar a compra da desenvolvedora de jogos Bungie por US$ 3,6 bilhões (R$ 19 bilhões).

O negócio acontece menos de duas semanas depois da Microsoft comprar a Activision Blizzard por US$ 75 bilhões (R$ 402 bi), na maior aquisição da história do setor.

Por que importa: a Sony, dona do Playstation, virou alvo da pressão dos investidores após a aquisição feita pela Microsoft.

  • O mercado não descarta uma limitação dos jogos da Activision ao Xbox, o que tiraria do Playstation jogos como "Call of Duty" e "Tony Hawk’s".
  • Nesta segunda, os papéis da Sony fecharam em alta de 4,51% na Bolsa de Nova York (Nyse).
Imagem do jogo de tiro em primeira pessoa "Halo", que foi criado pela Bungie e depois passou para as mãos da Microsoft - Chris Delmas/AFP

Quem é a Bungie: a produtora é a responsável pela criação do jogo de tiro em primeira pessoa "Halo".

  • Ela foi adquirida pela Microsoft em 2000 e deixou a empresa em 2007. A big tech americana continuou a produzir a franquia "Halo" desde então.
  • Outra popular franquia de tiro em primeira pessoa da Bungie é a "Destiny", que seria uma alternativa do estilo para o Playstation caso a Microsoft opte pela exclusividade do "Call of Duty" para o Xbox.

Indústria bilionária: o setor de games, que fatura mais que o de filmes e o de músicas, encerra o mês de janeiro com três grandes negócios fechados.


Ibovespa tem melhor mês em um ano

A Bolsa brasileira subiu 0,21% nesta segunda(31), a 112.143 pontos, e fechou janeiro acumulando ganhos de 6,98%, o melhor desempenho em um mês desde dezembro de 2020.

O dólar recuou 1,53% na sessão, a R$ 5,307, na menor cotação desde setembro de 2021. No mês, caiu 4,82%. O real foi a segunda moeda –só atrás do peso chileno– com maior retorno frente ao dólar neste mês.

O que explica:

  • Fluxo estrangeiro: no acumulado do ano até a última sexta (28), os gringos entraram com R$ 28,1 bilhões no mercado secundário (não leva em conta IPOs e follow-ons) da B3.
  • Commodities: o avanço dos preços internacionais do petróleo e do minério de ferro ajudou a impulsionar as ações da Petrobras e da Vale, as duas companhias com maior peso no Ibovespa. Nesta segunda, o barril do tipo Brent subiu 1,31%, a US$ 91,21 (R$ 488,59).

Lá fora: os mercados americanos foram no caminho inverso do Ibovespa. Nasdaq (-8,98%) e S&P500 (-5,26%) tiveram o pior mês desde março de 2020, quando a pandemia acertou em cheio os mercados globais. O Dow Jones caiu um pouco menos e recuou 3,32%.

Pechincha: para os analistas, o grande fluxo de dinheiro do exterior para a Bolsa brasileira significa que o mercado daqui ficou barato. São argumentos para essa visão a queda do ano passado, a desvalorização do real em relação ao dólar e as dúvidas acerca da alta nos juros nos EUA.

Os especialistas ressaltam, porém, que o movimento pode ser em busca de ganhos rápidos, já que a tendência é de que o aperto monetário americano afugente capital de mercados emergentes.

Mais sobre o mercado financeiro:

  • Bitcoin: a cripto também foi afetada pela expectativa de alta nos juros nos EUA e desabou 18% em janeiro.
  • Opinião: a grande incerteza que pode abalar o mercado neste ano não são as eleições, mas a inflação e o seu reflexo nas taxas de juros americanas, afirma Michael Viriato, do blog De Grão em Grão.

Venda da Oi Móvel avança

A Anatel aprovou por unanimidade nesta segunda a venda de ativos de telefonia móvel da Oi para as rivais Tim, Claro e Telefônica Brasil.

Entenda: as três operadoras venceram o leilão dos ativos da Oi em dezembro de 2020, mas ele chegou a ser contestado por rivais e o assunto se arrastou. Na época, a divisão dos clientes da Oi Móvel foi definida da seguinte forma:

  • A TIM desembolsará R$ 7,3 bilhões e ficará com 14,5 milhões de clientes ( 40% do total).
  • A Telefônica, que opera sob a marca Vivo, gastará R$ 5,5 bilhões e receberá 10,5 milhões de clientes (cerca de 29%).
  • Com desembolso de R$ 3,7 bilhões, a Claro ficará com os restantes.
Logo da Oi em loja da operadora em São Paulo - Paulo Whitaker/Reuters

"Remédios": para mitigar riscos concorrenciais, a Anatel impôs algumas condições para o negócio avançar:

  • Oferta de capacidade para operadoras móveis virtuais e um plano de ocupação do espectro transferido da Oi.
  • Exclusão de cláusulas de fidelidade no caso de migração dos usuários, que não deverá ser automática.
  • A operação ainda precisa ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A superintendência-geral do órgão já recomendou a aprovação, também com a adoção de "remédios".

Relembre: a Oi declarou recuperação judicial em 2016 para lidar com dívidas acumuladas de R$ 64 bilhões. Ao fim do processo, a operadora manterá atuação apenas em telefonia fixa e banda larga.


Startup de RH capta R$ 500 mi

A Gupy, plataforma de contratação e treinamento de empregados, anunciou nesta segunda-feira (31) que recebeu um aporte de R$ 500 milhões.

Os fundos SoftBank e Riverwood lideraram a rodada, que representa o maior investimento em uma hrtech (startup de RH) na América Latina. O valor de mercado da Gupy não foi revelado.

A empresa: fundada em 2015, a startup começou como uma plataforma para facilitar a contratação de funcionários. Depois, ampliou sua atuação com a automatização no processo de admissão dos empregados.

  • No ano passado, após comprar a Niduu, startup especializada no treinamento de funcionários, a Gupy também passou a oferecer esse tipo de serviço.
  • A empresa possui cerca de 1500 clientes espalhados por dez países na América Latina, incluindo nomes como Ambev, GPA, Vivo, Cielo e Lojas Renner.

Para onde vai o dinheiro: a ideia da empresa é usar o capital levantado para investir em tecnologia, com lançamento de um marketplace gratuito de ofertas de trabalho, e também crescer por meio de aquisições.

Mais sobre startups:

A Kavak, empresa mexicana de compra e venda de carros usados, anunciou nesta segunda o início de suas operações no estado do Rio de Janeiro. A startup planeja investir R$ 550 milhões nos próximos meses.

A empresa chegou ao Brasil em julho de 2021 já como um unicórnio (startup avaliada em US$ 1 bilhão ou mais) e com a promessa de investir R$ 2,5 bilhões para fazer do país o seu principal mercado.

Dois meses depois, ela anunciou ter recebido um aporte de US$ 700 milhões (R$ 3,7 bilhões), que a avaliou em US$ 8,7 bilhões (R$ 46,6 bi).


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