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EUA alertam bancos para evasão de sanções à Rússia com criptomoedas

Wall Street pede 'vigilância' em meio a temores de oligarcas driblarem medidas

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James Politi
Washington | Financial Times

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos está alertando bancos e instituições financeiras para se manterem em alerta para tentativas de atores estatais e oligarcas russos de evitar sanções, inclusive por meio de transações de criptomoedas, enquanto o governo tenta antecipar os esforços para contornar as medidas impostas a Moscou pela invasão da Ucrânia.

A FinCEN (Rede de Repressão a Crimes Financeiros) do Departamento do Tesouro enviou nesta segunda-feira (7) uma nota às instituições financeiras dos EUA aconselhando "vigilância" extra para possíveis atividades de evasão a sanções e oferecendo orientação sobre "sinais de alerta" para detectar tais movimentos.

Investidores russos recorrem a criptomoedas para driblarem sanções impostas pelo Ocidente à Rússia - Dado Ruvic/Reuters

A mensagem do FinCEN se segue a pesadas sanções impostas pelos EUA e seus aliados às principais instituições financeiras da Rússia, oligarcas russos e seus familiares, bem como ao banco central do país e a empresas estatais. Isso ocorre em meio a preocupações de que algumas entidades e indivíduos russos possam tentar usar criptomoedas para escapar às sanções dos EUA e da Europa.

"Diante da crescente pressão econômica sobre a Rússia, é de vital importância que as instituições financeiras dos EUA estejam vigilantes sobre a possível evasão a sanções russas, inclusive por atores estatais e oligarcas", disse Him Das, diretor interino do FinCEN.

"Embora não tenhamos visto uma evasão generalizada a nossas sanções usando métodos como criptomoeda, a denúncia imediata de atividades suspeitas contribui para nossa segurança nacional e nossos esforços para apoiar a Ucrânia e seu povo", acrescentou.

O FinCEN disse que estava fornecendo "sinais de alerta selecionados para ajudar na identificação de possíveis atividades de evasão de sanções, e lembrou as instituições financeiras de suas obrigações de relatório sob a Lei de Sigilo Bancário (BSA), inclusive com relação à moeda virtual conversível (CVC)".

Ele também disse que é "crítico" para todas as instituições financeiras, "incluindo aquelas com visibilidade dos fluxos de CVC", como exchanges e administradores de criptomoedas, "identificar e relatar rapidamente atividades suspeitas associadas a uma potencial evasão de sanções".

Além disso, o Tesouro está instando os bancos a "compartilhar informações", de acordo com a legislação da Lei Patriótica dos EUA, adotada após os ataques terroristas de 2001, e "considerar como o uso de ferramentas e soluções inovadoras pode ajudar a identificar ativos ocultos russos e belarussos".

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

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