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Senado aprova medida provisória que abre linha de microcrédito para MEI

O texto foi aprovado em votação simbólica no Senado e, agora, segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL)

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Brasília

O Senado aprovou, nesta quarta-feira (13), a medida provisória que abre uma linha de microcrédito para MEI (microempreendedores individuais) e que permite que trabalhadores usem recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para garantir empréstimos contratados.

O texto foi aprovado em votação simbólica no Senado e, agora, segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária semipresencial em junho de 2022 - Waldemir Barreto/Agência Senado

O texto cria o chamado SIM Digital, voltado a pessoas que exerçam alguma atividade produtiva ou de prestação de serviços, urbanas ou rurais, de forma individual ou coletiva, assim como a MEIs no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado. Haverá ainda preferência para mulheres até que se atinja a proporção de, no mínimo, 50%.

Um dos objetivos é criar incentivos ao empreendedorismo popular por meio do acesso ao crédito para aqueles usualmente fora do sistema financeiro, tal como os microempreendedores individuais com faturamento anual de até R$ 81 mil.

O texto prevê que as operações de microcrédito serão concedidas exclusivamente a pessoas físicas e MEIs que não tivessem, em 31 de janeiro de 2022, operações de crédito ativas, conforme pesquisa disponível no Sistema de Informações de Créditos disponibilizado pelo Banco Central.

Para pessoas físicas, a primeira linha de crédito concedida terá o valor máximo de R$ 1.500. Para MEI, será de R$ 4.500, considerada a soma de todos os contratos de operação realizados no SIM Digital.

A MP condiciona empréstimos futuros dessa linha a microempreendedores individuais que tenham recebido qualificação técnico-profissional, conforme estabelecida em ato do ministro do Trabalho e Previdência.

A MP proíbe a celebração de empréstimos com pessoas ou MEIs que possuam condenação relacionada a trabalho em condições análogas às de escravo ou a trabalho infantil.

A medida provisória também traz dispositivos que se referem ao FGTS. O texto obriga o empregador doméstico a pagar a remuneração devida ao empregado doméstico até o 7º dia do mês seguinte ao da competência.

O Senado também aprovou, ​nesta quarta-feira (13), a medida provisória que libera crédito extraordinário de R$ 1,2 bilhão para agricultores familiares afetados pela seca ou estiagem ocorrida na safra 2021/2022.

Serão contemplados agricultores de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que decretaram estado de calamidade. O texto foi aprovado em votação simbólica no Senado e foi a promulgação.

De acordo com o Ministério da Economia, fatores climáticos relacionados à seca ou estiagem com níveis de chuva inferiores à média histórica e com temperaturas elevadas no final de 2021 e no início de 2022 ampliaram as dificuldades de pequenos agricultores familiares que não têm cobertura do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária - Proagro ou Seguro.

Esses agricultores foram impactados por redução na renda e tiveram sua capacidade de pagamento e permanência na atividade comprometidas. Por isso, precisaram de uma resposta imediata para regularizar débitos e abrir limite de crédito para financiar a nova safra.

Os recursos serão aplicados no âmbito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), linha de financiamento que ajuda a fortalecer pequenos agricultores.

Segundo o relator do texto, Roberth Bringel (União-MA), a condição para os agricultores receberem os recursos é não estarem cobertos pelo Proagro ou pelo Seguro Rural. "Serão beneficiados pela medida provisória cerda de 200 mil propriedades rurais", disse o senador, na justificativa do projeto.

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