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Boeing concorda em pagar US$ 200 milhões por ter afirmado que 737 MAX era seguro

Aeronave ficou em terra por 20 meses após dois acidentes aéreos que deixaram mais de 300 vítimas

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Nova York | AFP

A Boeing concordou nesta quinta-feira (22) em pagar US$ 200 milhões (R$ 1,03 bilhão) após ser acusada pela SEC (Securities and Exchange Commission, órgão regulador dos EUA) de ter afirmado diversas vezes que seu avião 737 MAX não apresentava riscos, após dois acidentes aéreos.

Dennis Muilenburg, ex-CEO da empresa e então responsável pelo envio de mensagens, concordou em pagar US$ 1 milhão em multas.

Trata-se, principalmente, de uma falha no software de voo MCAS, que provocou a queda de um avião da Lion Air em outubro de 2018 e de um similar da Ethiopian Airlines em março de 2019, ambos modelo 737 MAX, sem que os pilotos pudessem evitá-lo. Mais de 300 pessoas morreram, o que obrigou esse modelo de aeronave a ficar em terra por 20 meses.

Impedidos de serem entregues às companhias aéreas, aviões 737 Max são estocados em pátio da Boeing em Seattle, no oeste dos EUA - Gary He/Reuters

"Após o primeiro acidente, Boeing e Muilenburg sabiam que o MCAS representava um problema de segurança, mas garantiram ao público que o 737 MAX era 'tão seguro quanto qualquer avião que já tenha voado'", lembrou a SEC.

"Mais tarde, após o segundo acidente, Boeing e Muilenburg afirmaram ao público que não houve erros nem lacunas no processo de certificação do MCAS, apesar de relatos no sentido contrário", acrescentou a agência.

A Boeing reconheceu em janeiro de 2021 que dois de seus funcionários enganaram um grupo da autoridade de aviação americana encarregado de preparar a formação de pilotos para o software MCAS. A empresa concordou em pagar mais de US$ 2,5 bilhões, incluindo uma multa criminal de US$ 243,6 milhões e US$ 500 milhões para indenizar parentes das vítimas.

A SEC descobriu que a Boeing e Muilenburg violaram leis do mercado de ações. Embora a Boeing e o ex-executivo tenham concordado em pagar uma multa, nenhum dos dois admite ou nega as conclusões da agência, segundo o comunicado de imprensa.

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