Siga a folha

BofA entra na Justiça para saber quanto a Americanas lhe deve

Banco tem contratos de derivativo com varejista e deseja que compromissos sejam antecipados para apurar o valor a receber

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O Bank of America (BofA) entrou nesta segunda-feira (16) com recurso na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro questionando a tutela que impede o bloqueio de ativos a pedido de credores obtida pela Americanas na última sexta-feira (13), apurou a Folha. O banco tem contratos de derivativos com a varejista.

O escritório que representa o BofA, o Cescon, Barrieu, Flesch & Barreto Advogados, entrou com embargos de declaração para esclarecer o que apontou como uma omissão da decisão cautelar, quanto ao artigo 193 A da Lei de Recuperação Judicial e Falência, que autoriza o vencimento antecipado e compensações no âmbito de operações de derivativos.

A decisão que suspendeu as cobranças por credores da Americanas por 30 dias teria sido muito ampla ao indicar que "nenhum contrato pode ser vencido", sem abordar a questão dos derivativos –que são contratos financeiros que usam como base um ativo. Um contrato de juros futuros, por exemplo, é um tipo de derivativo.

Fachada de loja da Americanas em Brasília (DF). - Ueslei Marcelino/REUTERS

A informação foi antecipada pelo Valor e confirmada pela Folha.

O banco poderia liquidar posição do derivativo e apurar crédito e débito das partes, independentemente dessa suspensão por um mês. Na prática, o BofA quer que os contratos possam vencer antecipadamente para que a instituição possa apurar o valor do próprio crédito.

Diferentemente do BTG, o BofA não tem operações de "risco sacado" (financiamento a fornecedores) com a Americanas.

Procurado, o escritório Cescon, Barrieu, Flesch & Barreto Advogados diz que não comenta o caso.

(Colaborou Renato Carvalho, de São Paulo)

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas