Congressistas dos EUA querem que Shein comprove não usar trabalho forçado
Políticos pedem verificação independente como condição para oferta de ações; companhia diz que não tolera crime
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Um grupo de legisladores americanos pediu à autoridade reguladora de Wall Street que exija que a empresa chinesa de moda Shein comprove que não utiliza trabalho forçado de membros da etnia uigur como condição para uma oferta pública de ações.
Um grupo de republicanos e democratas da Câmara americana pressiona o chefe da SEC (a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) a tomar medidas contra a Shein, um grupo de vestuário de baixo custo em rápido crescimento que, segundo relatos, usaria algodão da Região Autônoma Uigur de Xinjiang.
"A Shein está levantando capital agressivamente e planeja realizar uma oferta pública inicial antes do final deste ano fiscal", disseram os legisladores em uma carta escrita em 1º de maio.
"Pedimos que estabeleça regulamentações e ordene à Shein que certifique, por meio de uma verificação independente, que a empresa não usa trabalho forçado uigur como condição para se registrar para a emissão de valores nos Estados Unidos", ressaltaram.
A redação da carta foi organizada pela democrata Jennifer Wexton e o republicano John Rose e assinada por 24 membros da Câmara.
Um porta-voz da Shein afirmou que a empresa não possui fornecedores na região de Xinjiang e que tem "tolerância zero" com trabalho forçado.
Fundada na China em 2008 e atualmente sediada em Singapura, a Shein se tornou um dos símbolos da moda de baixo custo e do crescimento econômico chinês.
Grupos de direitos humanos denunciam que os uigures, de religião muçulmana, são submetidos a detenções em massa em campos de trabalho forçado e proibidos de expressar sua cultura.
Pequim alega que a minoria étnica não está sendo reprimida e que cumpre programas de reeducação para combater o terrorismo islâmico em Xinjiang.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters