Siga a folha

Descrição de chapéu petrobras

Nova estratégia comercial da Petrobras ressalta vulnerabilidade política, diz Fitch

Segundo agência de classificação de riscos, nova política de preços é menos transparente que PPI

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Letícia Fucuchima
São Paulo | Reuters

A nova estratégia comercial anunciada pela Petrobras não tem impacto material no perfil de crédito da estatal em um primeiro momento, mas levanta preocupações com riscos políticos, avaliou a Fitch Ratings nesta segunda-feira (22).

"O anúncio levanta preocupações em relação à implementação de decisões políticas adicionais que podem deteriorar seu fluxo de caixa e métricas financeiras", disse em nota a agência de classificação de risco, acrescentando que a nova política é menos transparente do que o antigo PPI, parâmetro de paridade com os preços no mercado internacional.

A Fitch considera que os riscos políticos já estão incorporados a seu rating atual para a Petrobras, "BB-"/Estável, em linha com rating soberano para o Brasil.

Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro - Sergio Moraes - 16.out.23/Reuters

Na última terça-feira (16), a Petrobras anunciou um novo modelo para os preços dos combustíveis, em substituição ao PPI. Sob comando do ex-senador Jean Paul Prates, a companhia não vai mais considerar o custo de importação e agora mira a busca por clientes e o custo de oportunidade de venda dos produtos. A expectativa é que contribua para reduzir os preços no país.

A empresa disse que não deixará de acompanhar as cotações internacionais do petróleo e seus derivados e que os reajustes continuarão sem periodicidade definida, "evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio".

A Petrobras não divulgou uma fórmula de precificação dos combustíveis. Diz que os valores serão definidos com base nas alternativas de suprimento, ou seja, a concorrência, e no custo de oportunidade, isto é, por até qual valor a estatal poderia vender o produto.

A política do PPI foi implantada no governo Michel Temer, como estratégia para blindar a estatal contra ingerências políticas após um período de represamento de preços que trouxe grandes prejuízos à companhia durante a campanha para a reeleição de Dilma Rousseff, em 2014. Seus críticos, porém, diziam que a política penalizava o consumidor ao repassar para o mercado interno custos como o transporte dos combustíveis até o país e as volatilidades do mercado internacional de petróleo.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas