Siga a folha

Gol diz que avaliará 'transações alternativas disponíveis', sem citar fusão com Azul

Concorrente considera aquisição e contratou Citi e Guggenheim para assessoria

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A Gol afirmou nesta quinta-feira (7) que vai estudar opções para levantar recursos e "transações alternativas disponíveis", segundo comunicado ao mercado. A empresa, no entanto, não cita a Azul, que considera fazer uma aquisição da concorrente, como adiantado pela Folha. A companhia aérea passa por um processo de recuperação judicial.

No comunicado ao mercado, a Gol afirma que avaliará "ativamente alternativas de capitalização e/ou transações alternativas disponíveis" a partir de um processo que chamou de "competitivo".

Aeronave Boeing 737 MAX operada pela companhia aérea Gol na pista do aeroporto de Guarulhos, São Paulo - AFP

A empresa afirmou ainda que "examinará oportunidades apresentadas por potenciais fontes de capital", mas que o processo não começou e que nenhuma negociação foi iniciada.

A Folha revelou que as conversas entre Azul e Gol estão sendo conduzidas com os sócios da Abra Group, empresa que controla a companhia aérea. Para isso, a Azul contratou o Citi e o Guggenheim Partners.

Mesmo tendo concluído um processo de renegociação de dívida com seus credores, a Azul considera que tem condições de levar a proposta adiante e não descarta uma aquisição. Fontes que participam das negociações afirmam que seria possível até a emissão de ações em pagamento, caso haja necessidade de injetar dinheiro novo.

A consolidação do mercado brasileiro com duas operadoras é algo que preocupa as autoridades regulatórias.

No entanto, a sobreposição de voos entre Azul e Gol é de cerca de 18%, algo considerado contornável, apesar de afetar o filé mignon do negócio: as rotas da ponte-aérea e os destinos partindo de Congonhas e Guarulhos, ambos em São Paulo.

Os defensores da operação dizem que o argumento a ser apresentado ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) é o de que, na União Europeia, as companhias têm elevadíssima concentração de mercado e isso não é um problema.

Mesmo assim, teriam de lidar com possíveis remédios aplicados pelo Cade: abrir mão de muitas rotas.

Outro argumento é o de que a Gol entrou em recuperação judicial 30% menor do que era em 2019, quando disputava a liderança. Hoje ela é a terceira do mercado.

(Com informações de Diego Felix e Reuters)

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas