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Déficit em conta corrente do Brasil vai cair com nova regra de contabilização de criptoativos

Medida segue mudança do FMI e retirará criptoativos da base de importação

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Marcela Ayres Camila Moreira
Brasília e São Paulo | Reuters

O déficit em conta corrente do Brasil vai cair significativamente a partir do próximo mês, uma vez que a compra de criptoativos deixará de ser considerada uma importação que afeta o saldo da balança comercial. A informação foi dada pelo Banco Central nesta segunda-feira (24).

O vice-chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Renato Baldini, afirmou que a medida segue uma mudança metodológica no FMI (Fundo Monetário Internacional). Desde 2019, os criptoativos eram tratados como mercadorias, impactando a balança comercial. Agora, eles passarão a ser registrados na conta de capital.

Compra de criptoativos deixará de ser considerada importação para o cálculo da balança comercial - Reuters

"Haverá impactos significativos", disse Baldini a jornalistas, que prevê que o déficit em conta corrente diminuirá de US$ 30,8 bilhões para US$ 19,1 bilhões, já que as importações líquidas de ativos criptográficos de US$ 11,7 bilhões do período não serão mais incluídas no cálculo da balança comercial.

Para o período de janeiro a maio deste ano, o déficit em conta corrente será reduzido para US$ 13,8 bilhões, já que haverá a exclusão de US$ 7,3 bilhões em importações líquidas de ativos criptográficos neste período. Nesta segunda, o BC divulgou que o déficit foi de US$ 21,1 bilhões sem retirar a quantia dos criptoativos da contabilidade.

Os criptoativos passarão a ser incluídos na conta de capital do balanço de pagamentos, que registra as transações que envolvem compra e venda de ativos não produzidos e transferências de capital, a partir do próximo mês, quando serão divulgados os dados de junho.

Baldini reconheceu que à medida que o déficit em conta corrente diminui enquanto a conta financeira permanece inalterada pelas transações de criptoativos, a comparação da cobertura do déficit em conta corrente pelo investimento direto no país apresentará um quadro mais favorável para o Brasil.

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