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Além da China, Trump promete taxar importações de aliados se voltar ao poder

Ex-presidente disse à Bloomberg que considera chefe do JPMorgan para Tesouro e que deixará Powell terminar mandato

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São Paulo

O ex-presidente Donald Trump disse que, além dos produtos chineses, os aliados europeus também devem ser alvo de taxas para desestimular importações, caso ele volte à Casa Branca em 2025.

Em entrevista à Bloomberg Businessweek —concedida em junho, mas publicada nesta terça-feira (16)— o republicano afirmou que está ansioso por um novo capítulo da guerra comercial, taxando os produtos chineses de 60% até 100% e impondo uma tarifa geral de 10% sobre importados de outros países.

O ex-presidente dos EUA Donald Trump (esq.), ao lado do senador J.D. Vance - Xinhua

Uma possível volta de Trump ao poder alimenta expectativas de um novo aumento do protecionismo nos Estados Unidos. Na entrevista, o político fez críticas a países estrangeiros que não compram um volume suficiente de produtos norte-americanos.

"A União Europeia parece tão adorável, nós amamos a Escócia e a Alemanha, mas se olhamos para o passado, esses países nos trataram com violência", disse Trump à publicação.

Ele mencionou a relutância da União Europeia em importar veículos e produtos agrícolas dos Estados Unidos como um fator que contribuiu para o desequilíbrio comercial do país.

Trump também disse que deixará que o presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, conclua o seu mandato e que avalia o presidente-executivo do JPMorgan, Jamie Dimon, para o cargo de secretário do Tesouro em um futuro governo.

A fala mostra uma mudança radical de postura, já que Powell, apesar de ter sido conduzido ao Fed por Trump em sua passagem anterior pela Casa Branca, ouviu duras críticas ao longo do mandato do então presidente, que se opunha à política monetária.

Powell foi reconduzido ao cargo pelo atual presidente, Joe Biden, para um segundo período de quatro anos em maio de 2022. Em entrevistas recentes, Trump chegou a descartar que Powell poderia ter um novo mandato.

"Eu o deixaria terminar [o mandato], principalmente se achar que ele está fazendo a coisa certa", disse agora o ex-presidente à Bloomberg Businessweek.

Trump também comentou que o Federal Reserve deveria se abster de cortar os juros antes das eleições de novembro, nas quais o candidato republicano enfrenta Biden.

Procurado pela agência Reuters, o JPMorgan não quis comentar a fala do ex-presidente.

Trump comentou, ainda, que reduziria a alíquota do imposto corporativo para até 15% e que não planeja mais proibir o TikTok no país.

A entrevista ocorreu antes que o ex-presidente fosse ferido durante um ataque em um comício na Pensilvânia no fim de semana.

Na segunda (15), Trump anunciou na convenção republicana que o senador por Ohio J.D. Vance, 39, seria o candidato a vice-presidente da chapa.

De acordo com analistas, a escolha tem o objetivo de conquistar votos entre a classe operária branca de áreas empobrecidas dos Estados Unidos.

Com Reuters

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