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Lula diz que reduzir déficit sem comprometer investimentos é compromisso de sua gestão

Presidente afirma que Petrobras quer voltar a investir na Bolívia, mas não só para "ganhar dinheiro"

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Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira (9) a estabilidade fiscal como um dos componentes obrigatórios para que um país se desenvolva.

Lula ainda afirmou que é um compromisso de seu governo reduzir o déficit fiscal, mas sem comprometer o investimento público.

"Reduzir déficit fiscal sem comprometer a capacidade de investimento público é um compromisso da minha gestão", afirmou

O presidente Lula durante a cúpula de chefes de Estado do Mercosul, em Assunção - Daniel Duarte - 8 jul. 2024/AFP

Lula deu as declarações durante a visita oficial a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Ele estava ao lado do presidente boliviano, Luis Arce.

Os dois participaram no fim do dia da cerimônia de encerramento do Fórum Empresarial Bolívia Brasil. Antes deles haviam discursado os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura) e Simone Tebet (Planejamento).

A visita oficial de Lula também teve uma reunião fechada com Arce e outra expandida, com a participação de ministros dos dois países.

Durante a sua fala, o presidente relembrou que Brasil e Bolívia atingiram níveis sociais e econômicos de destaque nas últimas décadas, mas depois apresentaram retrocessos. "Isso acabou na Bolívia e no Brasil", afirmou o presidente.

Na sequência, o presidente lista uma série de medidas que precisam ser adotadas pelos governos, para que um país tenha um bom desenvolvimento econômico. E então fez uma defesa de responsabilidade fiscal.

A fala acontece após uma sequência de declarações em que questionou medidas de cortes de gastos. Analistas apontaram que as falas de Lula ajudaram nas últimas semanas a piorar os dados econômicos, em particular com a escalada do dólar —que subiu em diversos países, não apenas no Brasil.

"[Crescimento parou] porque há uma mágica em economia? Não. Economia não tem mágica. Economia tem algumas palavras-chave que nós não podemos desperdiçar. A primeira palavra mágica para uma economia dar certo é estabilidade e credibilidade política. A segunda palavra-chave para que um país dê certo, para que a economia cresça e tudo fique bem, é preciso estabilidade na economia", afirmou o presidente.

"A terceira palavra mágica: é importante a gente ter estabilidade fiscal. A quarta palavra mágica: é importante a gente ter estabilidade jurídica. E a quinta palavra mágica: é importante a gente ter estabilidade social", completou.

Na semana passada, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou a preservação do arcabouço fiscal e anunciou um corte para 2025 de R$ 25,9 bilhões em despesas com benefícios sociais, que passarão por um pente-fino.

PETROBRAS

Lula também afirmou durante seu discurso que a Petrobras vai retomar a política de investimentos na Bolívia. No entanto, afirmou que a estatal brasileiro não deve almejar apenas "ganhar dinheiro". Precisa realizar investimentos.

"Eu fiz questão de trazer a presidente da Petrobras, porque sei a importância que a Petrobras já teve na Bolívia. E ainda pode ter na medida que ela não queira só ganhar dinheiro, ela queira também ajudar na prospecção, na investigação, no investimento", afirmou o presidente

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