Mercado de juros nos EUA vê chance de corte emergencial do Fed
Especialistas acreditam que há 60% de chance de Fed reduzir juros em 0,25 ponto percentual em uma semana
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O mercado de renda fixa dos EUA começa a apostar que a economia americana enfrenta uma deterioração tão rápida que o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) vai precisar flexibilizar a política monetária agressivamente —possivelmente antes de sua próxima reunião marcada para setembro— para evitar uma recessão.
As preocupações com a inflação praticamente desapareceram e deram lugar à especulação de que o crescimento irá estagnar, a menos que o banco central americano comece a reduzir juros. O mercado de swaps agora precifica uma chance de cerca de 60% de um corte emergencial de 0,25 ponto percentual dentro de uma semana.
No mercado de dívida do Tesouro americano, a taxa sobre o título de dois anos chegou a despencar quase 19 pontos-base nesta segunda-feira, para menos de 3,7%, depois de já ter caído 50 pontos-base na semana passada. Ela não ficava tão abaixo da taxa básica efetiva no mercado interbancário, de cerca de 5,3%, desde a crise financeira global ou quando a bolha das pontocom estourou na virada do século.
"A preocupação do mercado é que o Fed esteja atrasado e que estejamos passando de um pouso suave para um pouso forçado", disse Tracy Chen, da Brandywine Global Investment Management.
Para o ano, os juros futuros já precificam mais de 1,25 ponto percentual de redução até dezembro, com apenas mais três reuniões agendadas.
No caso do Banco Central Europeu, o mercado agora aposta em um corte de 0,50 ponto percentual em setembro, com um total de 0,90 ponto percentual de flexibilização precificada para o resto do ano.
O sentimento mudou drasticamente depois que uma série de dados mostrou um mercado de trabalho mais fraco nos EUA e o esfriamento de segmentos da economia.
Os temores de uma desaceleração da economia e da demora do Fed em cortar juros até agora contribuem para um pessimismo que tomou conta do mercado de ações americano.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters