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Descrição de chapéu BETs no Brasil

Apostadores usariam dinheiro gasto com bets para pagar contas, aponta pesquisa

Segundo FecomercioSP, 44% dos entrevistados em São Paulo relataram que tiveram mais perdas do que ganhos

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São Paulo

Dois a cada dez usuários de apostas online usariam o dinheiro gasto com bets para pagar contas básicas, segundo pesquisa da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) divulgada nesta terça (3). O dinheiro seria direcionado a gastos com lazer e entretenimento para 41% e outros 12% admitiram que usariam o recurso para comprar alimentos.

O estudo da Fecomercio ouviu 3.622 pessoas na cidade de São Paulo, de diferentes classes sociais e faixas etárias, entre os dias 12 e 19 de julho.

Entre os jogadores, 44% afirmaram que somam mais perdas do que ganhos em apostas online, 30% reportaram mais ganhos e 26% disseram que não tiveram nem perdas nem ganhos.

Pessoa jogando o "jogo do tigrinho", um jogo de apostas e bet - Folhapress

Segundo a pesquisa, a diversão é o principal motivo que leva a fazer os jogos (42%), seguido pela intenção de acumular renda rapidamente (25%), entretenimento (17%), investimento (9%) e vício (6%).

Segundo a federação, o desejo de conseguir um retorno financeiro rápido por meio das apostas é um sinal grave de como essas plataformas têm feito com que orçamentos familiares precisem ser remanejados.

As classes médias tendem a ser consumidoras mais frequentes dessas plataformas: 30% dos que ganham acima de dois salários mínimos apostam toda semana, número que cai para 18% entre quem ganha menos do que esse montante por mês.

Segundo a pesquisa, 17% dos entrevistados na capital paulista disseram ser consumidores ativos desses jogos, praticamente 2 em cada 10. Nos Estados Unidos, por exemplo, esse número varia entre 10% e 15%, apontam pesquisas.

Entre os apostadores paulistas, 23% fazem algum tipo de jogo semanalmente, enquanto 12% fazem apostas todos os dias.

A pesquisa aponta ainda que 11% dos paulistanos apostadores já buscaram ajuda financeira com familiares ou amigos para pagar seus jogos, ante 85% que nunca precisaram recorrer a medidas financeiras adicionais para arcar com esses custos.

Segundo a FecomercioSP, nesta semana, o Ministério da Fazenda recebeu 113 pedidos de autorização de empresas de apostas online para explorar o mercado de cota fixa. Se aprovadas, poderão operar a partir de janeiro do ano que vem, dentro da regulamentação já estabelecida pelo governo.

Para a federação, tem ocorrido uma transição entre diferentes formas de jogos de azar: muitos que participavam de jogos ilegais ou de apostas informais estão migrando para plataformas regulamentadas.

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