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Moove, da Cosan, dá início ao primeiro IPO brasileiro em três anos

Empresa de lubrificantes, que lucrou US$ 48 milhões no ano passado, planeja negociar suas ações na Bolsa de Valores de Nova York

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São Paulo

A Moove Lubrificantes, do conglomerado Cosan, entrou com um pedido de IPO (oferta pública inicial, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, segundo a agência de notícias Bloomberg. Essa é a primeira estreia de uma empresa brasileira em Bolsa de Valores desde o IPO do Nubank na Nyse (Bolsa de Nova York), em dezembro de 2021.

O pedido, realizado na segunda-feira (16), informa que o produtor e distribuidor de lubrificantes e graxas teve um lucro líquido no ano passado de cerca de US$ 48 milhões (R$ 263,2 milhões) e receita de US$ 1,8 bilhão (R$ 9,8 bilhões), um aumento de cerca de 13% em relação a 2022.

Moove produz e distribui os lubrificantes da marca Mobil - Getty Images via AFP

De acordo com o pedido de IPO junto à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA), a Moove afirmou ser uma das maiores produtoras e distribuidoras de lubrificantes e óleos básicos na América do Sul, Europa e EUA.

O envio da documentação acontece na esteira de uma divulgação regulatória em julho que informava que a Moove havia entrado com um pedido confidencial para listagem nos EUA.

A Moove é sediada em São Paulo e continuará a ser controlada pela Cosan após a listagem, de acordo com o pedido.

A Cosan é controlada pelo bilionário brasileiro Rubens Ometto, e seus negócios incluem uma joint venture com a Shell e a Rumo, a maior operadora ferroviária independente da América do Sul.

A oferta da Moove está sendo liderada por JPMorgan Chase, Bank of America, Citigroup, Itaú BBA, BTG Pactual e Banco Santander. A empresa planeja que suas ações sejam negociadas na Bolsa de Valores de Nova York sob o símbolo MOOV.

Com a perspectiva de queda de juros nos EUA a partir desta quarta (18), analistas esperam uma valorização do mercado de ações americano, o que poderia favorecer a oferta da Moove.

Atualmente, o juro no país está na mais alta faixa desde 2001, entre 5,25% e 5,5%, após um ciclo de aumentos que se iniciou no início de 2022.

Três anos antes, quando o juro americano estava a 0,25% ao ano, o Nubank levantou US$ 2,6 bilhões em seu IPO.

De acordo com a Elos Ayta Consultoria, essa foi a última abertura de capital de uma empresa brasileira.

No Brasil, o último IPO na B3 foi o da Vittia, em setembro de 2021. A empresa, que comercializa fertilizantes biodefensivos, levantou R$ 382 milhões.

À época, a Selic estava a 5,25% ao ano. Hoje, está a 10,50% e a perspectiva é que termine 2024 a 11,25%.

Segundo analistas, a taxa de dois dígitos inviabiliza ofertas no mercado brasileiro neste momento.

(Com Bloomberg)

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