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Governo britânico diz ser provável que Putin tenha ordenado envenenamento

Kremlin disse que afirmação de Boris Johnson é chocante e imperdoável

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Londres e São Paulo

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta sexta-feira (16) que é muito provável que o presidente russo Vladimir Putin tenha ordenado o envenenamento do ex-espião Serguei Skripal em solo britânico. 

Moscou respondeu imediatamente a acusação e disse que a declaração é chocante e imperdoável.  

Johnson não apresentou nenhuma nova prova que ligue o Kremlin ao caso. Serguei, 66, e sua filha Iulia, 33, foram encontrados desacordados em um banco na cidade de Salisbury (125 quilômetros a oeste de Londres) no dia 4 e seguem internados em estado grave.

Segundo Londres, eles foram envenenados com um agente neurotóxico produzido na Rússia. A troca de acusações gerou uma crise entre os países.

O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, durante entrevista na cidade de Uxbridge na qual acusou Putin - Tolga Akmen/Reuters

 "Nossa briga é com o Kremlin de Putin e com sua decisão —e acreditamos que é muito provável que tenha sido uma decisão dele— de usar um agente neurotóxico nas ruas do Reino Unido, nas ruas da Europa pela primeira vez desde a Segundo Guerra" disse Johnson. 

"Nós não temos nada contra os russos. Não é necessário haver nenhuma 'russofobia' como resultado do que está acontecendo, completou ele.

Na quinta (15), o chanceler russo Serguei Lavrov disse que o país é alvo de uma “histeria russofóbica”  de Londres e decidiu expulsar diplomatas britânicos.

A declaração foi uma resposta as afirmações da primeira-ministra britânica Theresa May, que na quarta (14) culpou Moscou pelo caso e expulsou diplomatas russos do país. Ela, porém, não disse explicitamente que Putin tinha autorizado a ação, como Johnson fez nesta sexta. Alemanha, França e Estados Unidos expressaram apoio ao Reino Unido no caso. 

Logo após as declarações do ministro britânico, o governo russo respondeu criticando as afirmações. "Qualquer menção do nosso presidente sobre esse assunto é chocante e uma imperdoável quebra das regras diplomáticas de bom comportamento", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à agência russa Tass.  

Desde o início do caso, Moscou nega qualquer envolvimento com o envenenamento de Serguei, um ex-espião do país que foi condenado em 2006 a prisão por ter passado informações secretas ao governo britânico. Ele recebeu um perdão presidencial em 2010, quando foi trocado por prisioneiros russos que estavam em poder de Washington, e se mudou para o Reino Unido. 

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