O New York Times evitou na quinta destacar as acusações britânicas à Rússia e, ao fazer um registro, sublinhou que a Rússia tem apenas um “aparente papel” no caso.
O próprio comunicado que os EUA assinaram em solidariedade ao Reino Unido evita acusar, dizendo só que “não há explicação alternativa plausível”, fora ação russa, para o ataque em Londres.
O contorcionismo verbal vem desde a denúncia, quando, sem prova definitiva, a primeira-ministra britânica deu prazo para a Rússia esclarecer. E ao vencer o prazo a timidez de sua reação causou espécie.
O Financial Times avaliou que ela atingiu diplomatas de menor escalão, nada de embaixador, bilionários russos de Londres ou o canal RT. Que só fez “o mínimo”. O NYT foi pela mesma linha. Outros lembraram que evitou tirar a seleção inglesa da Copa.
Deixando de lado o Reino Unido, NYT, Wall Street Journal e outros americanos levaram à manchete uma ação ao que tudo indica mais consistente contra a Rússia, do procurador Robert Mueller.
Ele intimou o grupo de Trump a entregar documentos sobre negócios com Moscou.
ISOLAR OS EUA
Sobre as tarifas de Trump, o FT soltou editorial aconselhando europeus e outros, Brasil inclusive, a não entrar contra Washington na Organização Mundial do Comércio, porque podem ampliar o risco de guerra comercial ---e porque as tarifas afetam pouco a Europa.
Sugere que “ignorem” os EUA e “mantenham o sistema comercial aberto e funcionando entre eles”. Avisa que “qualquer esforço efetivo de isolar os EUA precisará incluir a China”.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.