PPK não é vítima, e sim corrupto, diz oposicionista
Veronika Mendoza é líder de partido que propôs moção de vacância de presidente peruano
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“É preciso que fique claro que o sr. Kuczynski não é uma vítima, está saindo por ser corrupto, imoral e por ser mentiroso”, disse na manhã desta quinta-feira (22) a esquerdista Veronika Mendoza, ex-candidata presidencial em 2016 (ficou em terceiro lugar), hoje líder do partido Novo Peru.
Junto à também esquerdista Frente Ampla, as duas agrupações (que juntas têm 20 parlamentares) foram as responsáveis pelo segundo pedido de moção de vacância de Pedro Pablo Kuczynski, o PPK (como é conhecido), que começará a ser votado no final da tarde.
Os dois partidos, assim como os demais da oposição, não aceitaram a renúncia apresentada na manhã de quarta-feira (20) por PPK e creem que o processo de vacância deve continuar.
“Para que o sr. Kuczynski seja levado a esclarecer os negócios sujos em que colocou dinheiro público. Dinheiro que não chegou às famílias e aos programas que ele havia prometido”, disse Mendoza.
Os partidos de esquerda vão pedir, na sessão das próximas horas, que PPK seja impedido de deixar o país.
“Sua renúncia pareceu o discurso de alguém que foi vítima de uma injustiça. Queremos que fique claro que se trata do maior lobbysta que já passou pela política peruana.”
Apesar de ter apoiado o ex-presidente no segundo turno das eleições de 2016 contra Keiko Fujimori, Mendoza disse que “nunca apoiou seu programa e muito menos esse jogo de repartir a verba pública em troca de favores que está instalado no Congresso”, afirmou.
O Novo Peru e a Frente Ampla votarão pela vacância e apoiam a posse do atual vice-presidente, Martín Vizcarra.
“Mas iremos cobrar dele uma reforma profunda das regras políticas e uma nova Constituição que permita que as novas eleições sejam mais claras e limpas”.
Além disso, Mendoza pede que sejam investigados não apenas os contratos da Odebrecht no Peru como os de outras construtoras. “Deve haver garantias para que a Justiça investigue e revise todos os contratos suspeitos.”
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