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Estudantes desaparecidos no México foram dissolvidos em ácido, dizem autoridades

Promotoria diz que jovens foram sequestrados e mortos por traficantes após serem confundidos com rivais

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São Paulo

Três estudantes mexicanos desaparecidos foram assassinados no mês passado no estado de Jalisco, no México, e seus corpos foram dissolvidos em ácido.

Quem o diz são autoridades do México, que acusa traficantes de drogas do cartel local, o Carte da Nova Geração de Jalisco.

Segundo a principal linha investigativa, eles teriam confundido os jovens com membros de uma gangue rival.

Polícia de choque protege a entrada da sede da residência do governador durante vigília em memória aos três estudantes mexicanos que foram sequestrados e mortos após terem sido confundidos com membros de gangue rival - Reuters

Os três estudantes de cinema —Javier Solomon Aceves Gastelum, 25, Jesus Daniel Diaz, 20, e Marco Francisco Garcia Avalos, 20— desapareceram em 19 de março em Tonalá, cidade no oeste do país.

Eles estavam na região para filmar um curta-metragem para um trabalho de faculdade e foram vistos pela última vez nas cercanias dessa cidade, após o carro deles quebrar.

Agora, a promotoria do estado de Jalisco afirma que eles foram sequestrados por ao menos seis pessoas e, depois, foram torturados e mortos.

“Subsequentemente, seus corpos foram dissolvidos em ácido para que não restasse nenhum vestígio”, afirmou o promotor Raul Sanchez.

Segundo ele, duas pessoas foram presas até aqui na investigação.

Outra autoridade afirmou à agência de notícias Reuters, sob condição de confidencialidade, que os investigadores estão analisando mais restos de corpos humanos encontrados no prédio onde os corpos dos jovens teriam sido dissolvidos.

CASO REMETE A SUMIÇO DE ALUNOS EM 2014

Gangues mexicanas frequentemente sequestram e torturam suas vítimas, não raro desmembrando seus corpos ou dissolvendo-os em ácido. Muitos dos restos mortais são enterrados em valas coletivas.

Em 2014, 43 estudantes desapareceram no estado de Guerrero e o governo afirmou que eles haviam sido sequestrados por policiais, que, depois, teriam entregado os jovens a um grupo criminoso que os matou e queimou seus corpos.

Na ocasião, observadores internacionais confrontaram a investigação do governo mexicano e o caso abalou a gestão do presidente Enrique Pena Nieto, que viu sua popularidade cair muito, também graças a denúncias de corrupção.

Mais de 25 mil pessoas foram assassinadas no México em 2017. As taxas de homicídios regressaram aos níveis de 20 anos antes no país.

Para efeito de comparação, o Brasil teve mais de 62 mil mortes naquele ano.

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