Siga a folha

Papa aceita renúncia de três bispos chilenos por escândalo de abuso sexual

Entre os dispensados está Juan Barros, pivô do caso que atingiu a cúpula da Igreja no país

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Vaticano | AFP e Reuters

O papa Francisco aceitou a renúncia de três bispos chilenos, anunciou o Vaticano nesta segunda (11). Entre os religiosos dispensados está Juan Barros, responsável pela diocese de Osorno, que está no centro do escândalo de acobertamento de crimes sexuais que atingiu a Igreja no país.

Além de Barros, o papa também aceitou as renúncias de Cristian Caro Cordero, bispo de Puerto Montt, e de Gonzalo Duarte García de Cortazar, bispo de Valparaíso. 

Em uma decisão sem precedentes, 34 bispos do Chile ofereceram uma renúncia conjunta em 18 de maio depois de uma série de reuniões com o pontífice no Vaticano.

Não ficou claro se a decisão desta segunda indica que o papa não irá aceitar as renúncias dos outros 31 bispos.

Vários membros da hierarquia da Igreja Católica chilena são acusados ​​de terem ignorado ou encoberto os abusos do padre chileno Fernando Karadima entre os anos 1970 e 1990 —ele foi condenado por pedofilia em 2011 por um tribunal da Santa Sé. 

Karadima é considerado o mentor de Barros, que foi indicado pelo próprio Francisco como bispo de Osorno em 2015.

A nomeação rendeu críticas ao pontífice, que chegou a fazer uma defesa do bispo em janeiro, quando visitou o Chile. Francisco, porém, decidiu rever sua posição após sofrer críticas e ver a popularidade da Igreja despencar no país.

O pontífice ordenou o início de uma investigação dos casos de abuso no Chile e no início de maio se encontrou com vítimas de Karadima no Vaticano.

O papa pediu desculpas às vítimas e admitiu uma "série de erros" no caso após a conclusão da investigação, que resultou em um relatório de 2.300 páginas. 

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas