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Bispo argentino que atua no Vaticano é investigado por supostos abusos

Casos teriam acontecido em seminário criado por Gustavo Zanchetta, 54, na Argentina

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Vaticano | Reuters

Um bispo argentino que trabalha no departamento financeiro do Vaticano está sob investigação preliminar por supostos abusos sexuais, afirmou o Vaticano nesta sexta-feira (4). 

Gustavo  Zanchetta, 54, foi bispo em Oran, no noroeste da Argentina, e trabalha no departamento conhecido como Apsa, responsável pela contabilidade, pelos recursos humanos e pela administração de imóveis do Vaticano na Itália. 

Em nota divulgada após reportagens na imprensa argentina, o porta-voz do Vaticano, Alessandro Gisotti, disse que não há acusações de abusos ocorridos durante o período em que o bispo está na Apsa, desde dezembro de 2017. 

O cargo de Zanchetta na Apsa teria sido criado especialmente para ele.

O papa Francisco em missa na Basílica São Pedro, no Vaticano - Tony Gentile - 1.jan.19/Reuters

"As acusações de abuso sexual vieram à tona no outono passado", afirmou Gisotti, acrescentando que quando Zanchetta deixou o bispado de Oran ele tinha relações tensas com padres da diocese, que o acusavam de ser autoritário. 

A nota disse ainda que o bispo se "absteria do trabalho" na Apsa durante uma investigação preliminar.

El Tribuno, jornal da província argentina de Salta, publicou em 28 de dezembro que três padres acusaram Zanchetta de abuso sexual para o embaixador do Vaticano em Buenos Aires. O bispo foi acusado ainda de abuso de poder e de má utilização de fundos, segundo o jornal. 

De acordo com os padres, os abusos aconteceram dentro do seminário São João 23, fundado por Zanchetta em Oran em 2016. 

O Vaticano afirmou que o atual bispo de Oran havia coletado testemunhos que seriam enviados à Santa Sé e que, se as alegações forem consideradas críveis, Zanchetta deve ser encaminhado a um tribunal especial. 

Entre 21 e 24 de fevereiro haverá no Vaticano uma conferência de 110 bispos e dezenas de especiais e líderes de ordens religiosas para discutir a questão de abusos cometidos dentro da igreja.

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