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Turquia diz não se sentir intimidada por ameaças de Trump

Presidente americano ameaçou governo turco de 'devastação econômica' se o país atacar curdos

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Ancara | AFP

A Turquia afirmou nesta segunda-feira (14) não se sentir intimidada pelas ameaças de Donald Trump de "devastar a economia" do país caso Ancara ataque os curdos quando os Estados Unidos se retirarem da Síria. 

"Não seremos intimidados por nenhuma ameaça. As ameaças econômicas não levarão a nada", disse o chanceler turco, Mevlüt Cavusoglu.

Curdos do YPG em Raqqa, na Síria - Goran Tomasevic-16.jun.17/Reuters

Por outro lado, Cavusoglu disse que a Turquia não é contra a ideia de uma "zona de segurança" entre sua fronteira e as posições dos combatentes curdos.

Mais cedo, a Turquia afirmou que continuará com sua luta contra a milícia curda apoiada pela Síria, apesar das ameaças de Trump caso Ancara ataque os curdos quando os Estados Unidos se retirassem da Síria.

A Turquia tem ameaçado há várias semanas lançar uma nova ofensiva contra as Unidades de Proteção do Povo (YPG), um grupo armado curdo que Ancara considera "terrorista", mas que é apoiado por Washington em sua luta contra a organização jihadista Estado Islâmico (EI).

No domingo, Trump advertiu que a Turquia sofrerá uma devastação econômica se atacar os curdos e pediu a estes para não provocar Ancara.

"Devastaremos economicamente a Turquia se atacarem os curdos", tuitou Trump e defendeu criar uma zona de segurança de 30 km.

"Também não queremos que os curdos provoquem a Turquia. Rússia, Irã e Síria têm sido os maiores beneficiários da política americana de destruição do EI (grupo Estado Islâmico) na Síria", afirmou.

"Nós também nos beneficiamos, mas é momento de trazer nossas tropas para casa. Parem com as GUERRAS INTERMINÁVEIS!", acrescentou.

O chanceler turco Mevlut Cavusoglu em Ancara - Adem Altan/AFP

A Turquia ameaça lançar uma ofensiva para expulsar os milicianos curdo-sírios das Unidades de Proteção Popular (YPG), aos quais considera "terroristas", e acusam de apoiar os curdos turcos do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), que estão promovendo uma insurreição contra o Estado turco desde 1984.

Antes da retirada das tropas americanas da Síria, os grupos curdos sírios, aliados de Washington na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), tiveram que confiar no regime de Damasco para garantir sua sobrevivência diante das ameaças turcas.

Neste contexto, Washington subordina sua retirada da Síria ao fato de que eles estejam protegidos, o que irrita Ancara.

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