China diz que relato de conversa com oposição venezuelana é fake news
Ministério das Relações Exteriores chinês nega conteúdo de reportagem do Wall Street Journal
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A porta-voz do ministério das Relações Exteriores do governo chinês disse, nesta quarta-feira (13), que uma reportagem publicada pelo Wall Street Journal, na qual há relatos de que diplomatas chineses tiveram conversas com a oposição na Venezuela, é "fake news".
O jornal americano afirmou que diplomatas, preocupados com projetos de petróleo na Venezuela e com a dívida de quase US$ 20 bilhões que Caracas tem com Pequim, realizaram negociações em Washington com representantes de Juan Guaidó, líder da oposição contra o ditador venezuelano, Nicolás Maduro.
"Na verdade a reportagem é falsa. É fake news", disse a porta-voz Hua Chunying a jornalistas que lhe perguntaram sobre o artigo.
A maioria dos países ocidentais, incluindo os EUA, reconheceu Guaidó como presidente interino da Venezuela, mas Maduro segue com o apoio da Rússia e da China, assim como no controle de instituições do país, como as Forças Armadas.
Desde 2007, o país sul-americano teria tomado mais de US$ 50 bilhões em empréstimos com Pequim, segundo o Wall Street Journal. O país asiático exporta para a Venezuela máquinas, ferro, aço, veículos e outros produtos, e importa principalmente petróleo.
No início do mês, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que Pequim "tem estado em contato próximo com todos os partidos da Venezuela. Não importa como a situação evolua (...) a cooperação China-Venezuela não deve ser afetada".
Os acordos de empréstimos que envolvem a venda de petróleo feitos pela Venezuela com a China e a Rússia são uma importante fonte de recursos para o governo Maduro. Com as sanções impostas pelos EUA em janeiro, esses recursos se tornaram ainda mais vitais.
Como a China, a Rússia tem apoiado publicamente Maduro, mas mostram pouca disposição a ajudá-lo com novos recursos. Nenhum dos dois países ofereceu novos empréstimos de vulto à Venezuela nos últimos anos.
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