Ex-vice-presidente Joe Biden é acusado de tocar mulheres de forma inapropriada
Democrata é cotado para disputar a presidência dos Estados Unidos em 2020
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Uma mulher do estado de Connecticut disse que Joe Biden a tocou de forma inapropriada e roçou seu nariz com o dela em um evento de campanha em 2009. É a segunda pessoa em três dias que acusa o ex-vice presidente dos EUA de tocar mulheres de forma inapropriada. Biden é cotado para disputar a Casa Branca em 2020.
"Não foi algo sexual, mas ele me agarrou pela cabeça", disse Amy Lappos, 43, na segunda-feira (1º), sobre seu encontro com Biden em um evento em Greenwich, Connecticut. "Ele colocou suas mãos ao redor do meu pescoço e me puxou para roçar narizes comigo. Quando ele me puxou, pensei que ele iria me beijar na boca."
Lappos disse que não denunciou o caso porque acreditou que não prosperaria, mas afirma que Biden cruzou a linha da decência e do respeito.
A moradora de Connecticut publicou um relato sobre o caso numa rede social no domingo (31), depois que a ex-deputada estadual de Nevada Lucy Flores acusou Biden de beijá-la na nuca em um evento em 2014.
As acusações podem gerar problemas para uma possível campanha presidencial de Biden, que era vice de Obama no período em que os casos relatados teriam acontecido. A expectativa é que sua candidatura seja anunciada nas próximas semanas. Biden tem liderado as pesquisas de intenção de voto entre os nomes democratas.
Em resposta às queixas, um porta-voz de Biden exibiu fotos "manipuladas ou enganadoras" que circulam na internet há anos, nas quais se pode ver o que o próprio Biden, 76, descreve como um estilo de campanha "tátil".
"Estas difamações e falsificações existem há algum tempo na obscuridade da internet", disse o porta-voz Bill Russo, em referência a várias imagens de Biden com mulheres e crianças. "Até hoje, os trolls de direita e outros continuam explorando isso."
Biden é conhecido por fazer campanha de modo efusivo, com abraços e toques físicos. No entanto, seus gestos estão sendo reavaliados de outra forma na era do #MeToo, na qual aumentaram as denúncias de casos de assédio e constrangimentos a mulheres.
"Há uma linha de decência, de respeito. Cruzar essa linha não é cultural. Não é afeição. É sexismo ou misoginia", disse Lappos.
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