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Papa celebra Via Crúcis dedicada a escravas sexuais e prostitutas

Tradicional cerimônia da Sexta-Feira da Paixão abordou os 'novos crucificados da História'

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Papa Francisco cumprimenta a prefeita de Roma, Virginia Raggi (esq), e a religiosa Eugenia Bonetti (dir.), durante a Via-Crúcis, no Coliseu, em Roma - Vincenzo Pinto/AFP

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Roma | AFP

O papa Francisco presidiu na sexta-feira (19) a cerimônia da Via-Crúcis no Coliseu, em Roma, acompanhado por uma religiosa militante que leu texto dedicado às “escravas modernas”, entre elas, as prostitutas. 

A Via-Crúcis revive a tradição cristã do Calvário de Jesus Cristo, desde sua condenação à morte até sua crucificação, morte e seu sepultamento.

Neste ano, o papa escolheu para as meditações da Sexta-Feira Santa a religiosa italiana Eugenia Bonetti, 80, que atua na assistência às vítimas de escravidão. 

No texto, Bonetti falou sobre os “novos crucificados da História”; em primeiro lugar, as escravas sexuais, “utilizadas mas condenadas por uma sociedade que rejeita ver esse tipo de exploração”. 

A religiosa enumerou os destinos de jovens mulheres, como a de “uma menor de idade, encontrada ontem [quinta-feira] em Roma, que homens em carros luxuosos se revezavam explorando”. “Sem dúvida, poderia ter a idade de sua filha”, afirmou. 

A cerimônia teve a participação de 200 mil fiéis. 

Em uma curta oração final, o papa Francisco pediu que não sejam ignoradas “todas as cruzes do mundo”, como “a dos imigrantes que encontram as portas fechadas pelo medo, e o coração blindado pelos cálculos políticos”. 

Também fez alusão a uma sociedade em vias de secularização, em que os religiosos se sentem “rejeitados, ofendidos e humilhados”, e fiéis “marginalizados e rejeitados por seus próximos”. 

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