Venezuela recebe 1º carregamento de ajuda humanitária da Cruz Vermelha
País sofre grande escassez de remédios e suprimentos médicos
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Um primeiro carregamento de ajuda humanitária chegou nesta terça-feira (16) à Venezuela depois que o regime de Nicolás Maduro aprovou sua entrada.
A remessa inclui medicamentos e suprimentos médicos, em grave escassez no país.
Caixas de papelão com os símbolos da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho foram enviadas para o aeroporto internacional de Maiquetía, que serve Caracas.
A Venezuela sofre com a falta de remédios e de suprimentos hospitalares, em meio à pior crise econômica em sua história moderna e a alegações de corrupção no setor da saúde.
Maduro anunciou em 10 de abril um acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para que a Venezuela recebesse ajuda humanitária.
O governo e o CICV concordaram em "trabalhar em conjunto com as agências da ONU para levar à Venezuela toda a ajuda que puder ser trazida", disse o presidente da organização na época.
Maduro, que nega que o país sofra uma crise humanitária, disse que a cooperação deve ser administrada "sem politicagem, sem politização fraudulenta e pelas formas de legalidade e respeito".
Anteriormente, o líder da oposição, Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como presidente interino do país, afirmou que a permissão de Maduro para a entrada de assistência é uma conquista.
Guaidó tentou no último dia 23 de janeiro entrar com doações de alimentos e medicamentos por meio das fronteiras com Colômbia e Brasil, mas seus esforços falharam.
A operação encontrou forte resistência das Forças Armadas venezuelanas, aliadas a Maduro, que impediram a entrada de carregamentos.
Maduro afirmou na ocasião que a tentativa da oposição de levar ajuda humanitária era uma desculpa para uma intervenção militar dos Estados Unidos, que apoiou a oposição.
A Federação Internacional da Cruz Vermelha havia anunciado em 29 de março que, em meados de abril, começaria a distribuir, em uma primeira fase, ajuda para cerca de 650 mil pessoas no país.
A operação seria similar à realizada na Síria, disse Francesco Rocca, presidente da organização, sobre a abrangência da assistência.
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