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Em meio a onda de protestos, ONU encerra missão de paz no Haiti

Trabalho será substituído por escritório com atribuições políticas

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Porto Príncipe | Reuters e AFP

Depois de 15 anos, o Conselho de Segurança da ONU anunciou na terça (15) o fim da sua missão de paz no Haiti. Em seu lugar, será instalada uma missão com atribuições políticas, o Escritório Integrado das Nações Unidas no Haiti (Binuh).

Mas o momento não é de tranquilidade: o país continua enfrentando protestos violentos contra o governo. Pelo menos 17 pessoas já morreram e 189 ficaram feridas nos confrontos, segundo a Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos.

Haitianos fazem protesto durante funeral em Porto Príncipe - Andres Martinez Casares/Reuters

Escolas e comércios têm sido fechados em manifestações que tomam as ruas da capital haitiana para pedir a renúncia do presidente Jovenel Moise. Eles reclamam de corrupção, de escassez de gasolina e das condições econômicas —o Haiti é o país mais pobre das Américas.

Num protesto recente, milhares marcharam em direção ao escritório da ONU para pedir que a organização deixe de apoiar Moise.

Na terça, em uma entrevista coletiva, o presidente haitiano disse que está tomando medidas para acabar com a corrupção no país. Acusado de não ter feito aparições públicas durante a crise, ele prometeu falar à nação mais vezes.

Missões anteriores

Em 2004, a ONU enviou milhares de soldados e policiais para tentar restabelecer a ordem no país, que vivia uma onda de violência entre partidários e opositores do presidente Jean-Bertrand Aristide

A chamada Minustah (Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti) durou até 2017, sempre com o comando militar brasileiro. 

Quando terminou, ela foi substituída por uma missão menor, a Minujusth (Missão das Nações Unidas para o Apoio à Justiça no Haiti). Sem componente militar e com contingente de cerca de 1.200 policiais e civis, tinha como objetivo treinar policiais e reforçar o sistema judiciário. 

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