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Ministério Público do Chile abre inquérito sobre mortos por agentes do Estado

Desde início dos protestos, 23 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas

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Santiago

O Ministério Público chileno informou nesta quinta-feira (31) que abriu uma investigação sobre a morte de 23 pessoas, cinco delas "por ação dos agentes do Estado" e duas "sob a custódia do Estado".

Desde o início dos protestos, em 18 de outubro, 20 pessoas morreram —entre elas, um menino de apenas quatro anos— e mais de mil ficaram feridas, de acordo com os números oficiais. 

Na quarta-feira, o país recebeu delegados do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos (Acnudh), órgão presidido pela ex-presidente chilena Michelle Bachelet, que irão apurar denúncias de abusos.

O representante do escritório do órgão para a América Latina, Xavier Mena, afirmou que a missão se concentrará em verificar "o acesso à Justiça ao qual as vítimas têm direito, a clareza na prestação de contas da instituições estatais e também os impactos que grupos vulneráveis podem ter sofrido" nas últimas semanas. 

O governo chileno voltou a se reunir nesta quinta com a oposição na busca de uma solução consensual para a crise. Diferentemente do primeiro encontro, realizado três dias após o início dos protestos, neste nenhuma legenda com representação no Parlamento foi excluída —o Partido Comunista, por exemplo, foi um dos que compareceram ao palácio La Moneda.

Após duas horas de negociação, Álvaro Elizalde, presidente da maior força de esquerda, o Partido Socialista, afirmou que "não existe disposição para escutar as demandas dos cidadãos". 

O líder do Partido pela Democracia (PPD), Heraldo Muñoz, também expressou dúvidas sobre a condução da crise pelo governo de Sebastían Piñera. Ele disse ainda não ver "sinais claros a favor do diálogo". 

Nesta quinta, o governo espanhol se ofereceu para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 (COP-25). O evento, programado para acontecer em Santiago no início de dezembro, foi cancelado na quarta (30) por Piñera por causa da onda de protestos no país.

Os atos começaram devido ao aumento da passagem de metrô na capital e passaram a incluir diversas reivindicações nos dias seguintes.

Desde então, a popularidade do presidente despencou, apesar de ele ter adotado algumas medidas para atender às demandas dos manifestantes, como uma ampla troca de seus ministros. 

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