Siga a folha

Evento em São Paulo homenageia general iraniano morto pelos EUA

Qassim Suleimani foi tratado como mártir; cerca de cem pessoas compareceram

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Um evento em homenagem à memória do general iraniano Qassim Suleimani, morto em um ataque aéreo realizado pelos Estados Unidos, reuniu cerca de cem pessoas em um hotel da capital paulista, neste domingo (5).

Suleimani era o principal comandante militar do Irã e segundo homem na hierarquia do país, atrás do líder supremo, o aiatolá  Ali Khamenei. Ele foi atingido por bombas lançadas de um drone norte-americano ao Aeroporto Internacional de Bagdá, na madrugada de sexta-feira (3). 

No evento, realizado pela comunidade iraniana em São Paulo, Suleimani foi tratado como mártir. “Foi martirizada uma pessoa importante no mundo inteiro”, disse o xeque Houssein Khaliloo, líder religioso do Centro Imam Mahdi, em São Paulo. “Ele lutou para apoiar os oprimidos contra o terrorismo”, completou.

O xeque Rodrigo Jalloul apresenta a cerimônia em homenagem ao general Qassim Suleimani, em hotel de São Paulo - Mathilde Missioneiro/Folhapress

Vídeos sobre a vida do general foram veiculados nos intervalos dos discursos. Antes das falas, foi feita a leitura do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos. 

O ex-deputado federal Jamil Murad fez críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro e falou sobre a necessidade de mobilização da sociedade brasileira. 

“Não é justo o Brasil ser um empregado submisso dos Estados Unidos nesta guerra”, afirmou Murad. “O Estado brasileiro não pertence a um presidente da República ou a um grupo.”

“Nós brasileiros vamos ter que mobilizar o Congresso Nacional, as entidades, as personalidades. Temos a possibilidade de mobilizar as amplas forças do país”, completou Murad. 

O xeque Rodrigo Jalloul encerrou o evento dizendo que o martírio de Suleimani serviu para a união de povos com o mesmo propósito. “O sangue derramado conseguiu nos unir e estamos todos agora falando sobre justiça.”

O corpo de Suleimani foi velado em Bagdá e em diferentes municípios do Irã durante o fim de semana. Seus restos mortais devem chegar à capital Teerã na segunda (6). Ele será sepultado no dia seguinte, em sua cidade natal, Kerman, no leste do país.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas