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Evo Morales faz festa na Argentina para comemorar 14 anos de 1ª posse

Pela primeira vez, celebração do aniversário do Estado Plurinacional da Bolívia ocorre fora do país

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Buenos Aires

Centenas de wiphalas, as bandeiras com quadrados coloridos que representam diversas linhagens étnicas andinas, flamulavam no estádio Deportivo Español, em Buenos Aires, na tarde desta quarta (22).

Além delas, viam-se bandeiras da Bolívia, da Argentina e de organizações de esquerda.

Pela primeira vez, a festa de aniversário do Estado Plurinacional da Bolívia, cuja data marca também os 14 anos da primeira posse de Evo Morales, ocorre fora do país, em território argentino, onde seu criador, o ex-presidente, está refugiado.

A Argentina é um dos países onde mais há imigrantes bolivianos: são cerca de 600 mil registrados, mas estima-se que o número chegue a 1 milhão, contando os que não possuem documentos. 

Bolivianos e apoiadores de Evo se reúnem no estádio Deportivo Español, em Buenos Aires, para comemorar o aniversário do Estado Plurinacional da Bolívia - Mariana Greif/Reuters

Às 19h, o líder cocaleiro subiu ao palco, sob os gritos de “Evo não está sozinho” e falou por uma hora. 

Agradeceu o presidente argentino, Alberto Fernández, e o juiz espanhol Baltazar Garzón, que, segundo ele, vai ajudá-lo ante a Justiça de seu país. Garzón esteve em Buenos Aires para se encontrar com Evo.

 

O boliviano, que renunciou em novembro após pressão das Forças Armadas e de atos populares contra o processo eleitoral que o teria reeleito, criticou o neoliberalismo e os “programas econômicos que vêm de fora, roubando nossos recursos naturais”. 

Voltou a atacar Jeanine Añez, que assumiu a Presidência interinamente em um processo controverso, chamando seu governo de “ditadura com a Bíblia” que “humilha o povo e a wiphala”.

Evo ficou sentado ao lado do candidato do MAS nas próximas eleições, Luis Arce, e do ex-vice Álvaro García Linera.

Além da de Arce, estão confirmadas as candidaturas do ex-presidente Carlos Mesa (centro-esquerda), que teria perdido para Evo na eleição de outubro, anulada por irregularidades, o também ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga (direita), o líder do movimento cívico de Santa Cruz de la Sierra, Luis Fernando Camacho (direita), e o pastor de origem coreana Chi Hyun Chung.

O novo pleito está agendado para 3 de maio e, se não houver um vencedor no primeiro turno, haverá um segundo, marcado para 14 de junho. 

Nesta quarta, ministros de Añez demonstraram apoio a uma eventual candidatura da atual presidente interina.

Nas redes sociais, publicaram a bandeira tradicional da Bolívia com a “#YSiFueraElla?” (“E se fosse ela?”). 

Na Bolívia, o feriado do Estado Plurinacional foi respeitado pela administração interina.

Diferentemente das vezes anteriores, porém, não houve discurso na Assembleia nem desfiles e festas.

Añez enviou 70 mil policiais extras às ruas das grandes cidades para acompanhar os atos, que ocorreram pacificamente.

 
 
 

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