Soros anuncia projeto de US$ 1 bilhão para combater ditadores e critica Bolsonaro
Fundo também será usado para combater mudanças climáticas, com apoio de universidades
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O bilionário George Soros anunciou na noite desta quinta (23) que investirá US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4,2 bilhões) na criação de uma rede acadêmica para lutar contra os "ditadores de agora e em gestação" e as mudanças climáticas.
A iniciativa, batizada de Open Society University Network, foi divulgada num discurso em seu tradicional jantar anual durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Segundo nota publicada no site da fundação de Soros, a Open Society Foundation, o objetivo do projeto é conectar instituições de ensino superior pelo mundo, oferecendo cursos e programas de graduação conjuntos pensados para reunir estudantes e professores de diferentes países.
A rede buscará alcançar lugares que não possuem educação de qualidade e busca promover os valores da liberdade de expressão e da diversidade de crenças, entre outros.
No centro dessa rede estarão a Universidade Centro-Europeia, em Budapeste, fundada pelo próprio Soros, e o Bard College, próximo a Nova York. Algumas das parcerias já anunciadas serão feitas com a Universidade Americana na Ásia Central, no Quirguistão, e a Universidade Brac, em Bangladesh.
Em seu discurso, porém, o filantropo afirmou que qualquer universidade poderá fazer parte da iniciativa.
Soros atacou o presidente Jair Bolsonaro por sua atuação na área ambiental. Ele afirmou que o brasileiro falhou em prevenir a destruição das florestas tropicais no país e abriu a Amazônia para a criação de gado.
Ele ainda acusou os governos de China, Rússia e Índia de autoritários e declarou que "a sobrevivência das sociedades livres está ameaçada".
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi chamado de vigarista e narcisista e acusado de superaquecer a economia americana.
Nascido na Hungria, em uma família de judeus que escapou dos nazistas, Soros é hoje um dos maiores investidores do mundo. Ele é conhecido por enriquecer com um ataque especulativo contra a libra esterlina, em 1992.
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