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Após britânicos lotarem parques, governo promete reforçar medidas de isolamento

Fim de semana teve ruas cheias e eventos em Londres e em outras cidades do país

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Bruxelas

O governo britânico chamou de “muito egoístas” os que continuam ignorando os pedidos de isolamento social e deve reagir com medidas mais duras às imagens dos parques londrinos lotados neste final de semana.

Desde que a Europa se tornou o epicentro da pandemia de coronavírus, o Reino Unido vem adotando restrições progressivas para combater os casos no país.

Pessoas caminham sob cerejeiras no Battersea Park, em Londres, no domingo (22) - Dylan Martinez/Reuters

Há duas semanas, pediu a idosos e casos suspeitos que se autoisolassem. Na semana passada, recomendou o trabalho remoto. Na sexta-feira, fechou bares, restaurantes, clubes, casas noturnas e academias. Nesta segunda, as escolas tiveram aulas suspensas.

O comércio continua aberto no país, e as pessoas não são multadas se andarem na rua, como na França, na Itália ou na Alemanha.

Metade dos homens com menos de 64 anos afirmou a pesquisadores do YouGov que continua saindo normalmente de casa, chegando a 52% entre os homens de 18 a 24 anos.

Entre as mulheres, a porcentagem mais alta era de 43%, na faixa entre 50 e 64 anos; 40% das jovens de 18 a 24 anos disseram não ter mudado hábitos de circulação.

No domingo, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que pode adotar uma quarentena rígida como a italiana nos próximos dias, caso as pessoas não respeitem a distância mínima de dois metros.

O premiê, porém, tem defendido que os britânicos não sejam impedidos de se exercitar e passear ao ar livre, o que, segundo críticos, tira efeito das recomendações de distanciamento.

Em entrevista ao telejornal matutino da BBC nesta segunda, o secretário de Saúde, Matt Hancock, disse que toques de recolher, confinamento obrigatório e outras proibições devem ser adotadas “muito em breve”, porque os que não alteraram sua rotina estão pondo em risco a vida e o trabalho dos funcionários da saúde.

“Ao ajudar a espalhar o vírus, essas pessoas dificultam nossa capacidade de contê-lo. Todas as medidas que estamos tomando vão levar muito mais tempo para fazer efeito”, afirmou o secretário de Saúde.

Hancock e Boris também avisaram que, se os britânicos continuarem viajando para suas casas de campo como se estivessem num feriado, viagens dentro do país também podem ser restritas.

Em estudo preliminar divulgado nesta segunda, um grupo de estatísticos, epidemiologistas e clínicos das universidades College London, Cambridge e do Health Data Research UK calculou que a atual política britânica de combate à pandemia pode elevar o número de mortos em 35 mil a 70 mil neste ano.

Os cientistas defendem que o governo “obrigue as pessoas a ficarem em casa e a manterem distância, em vez de deixar que os cidadãos tomem decisões voluntariamente”.​

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