Siga a folha

Descrição de chapéu Coronavírus

União Europeia condena veto a voos anunciado por Trump e diz que não foi consultada

Bloco analisa tomar medidas e teme impacto econômico do bloqueio

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Bruxelas e São Paulo | AFP

A União Europeia criticou o veto de voos do continente rumo aos EUA, anunciado por Donald Trump na quarta (11), como tentativa de conter a propagação do coronavírus. A medida entra em vigor na sexta (13) e terá validade de 30 dias.

"O coronavírus é uma crise global, não limitada a um continente, e requer cooperação em vez de ações unilaterais", disse a Comissão Europeia, o executivo do bloco, em comunicado.

Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, em Bruxelas - Stephanie Leqocq - 10.mar.2020/Reuters

"A União Europeia desaprova o fato de que a decisão dos EUA de impor um veto de viagem foi tomada de modo unilateral e sem consultas", prossegue o texto.

A restrição se aplica aos 26 países europeus que integram o Espaço Schengen, onde a circulação de pessoas é livre. A lista inclui Espanha, Itália, França e Alemanha. O Reino Unido, que não fazia parte do Schengen mesmo antes do brexit, ficou de fora do veto.

O bloqueio não se estende a cidadãos americanos que estejam nesses países nem a familiares imediatos ou viajantes que tiverem residência permanente nos EUA. ​

Já pessoas que estiveram recentemente em algum dos 26 países europeus poderão ser barrados ao tentar entrar nos EUA, mesmo que tenham vindo de outro destino. A circulação de mercadorias segue liberada.

O presidente do Conselho Europeu (outra entidade do bloco, que reúne os chefes de governo do bloco), Charles Michel, anunciou que a UE avaliará como agir em relação à decisão de Trump.

"O nacionalismo não é a resposta ao covid-19, porque os vírus não se importam com as fronteiras nem as nacionalidades", afirmou o eurodeputado liberal e ex-primeiro-ministro belga, Guy Verhofstadt.

Ao anunciar a medida, Trump criticou o bloco europeu. "Com medidas rápidas, nós tivemos números de casos do vírus dramaticamente menores nos EUA do que há hoje na Europa. A União Europeia falhou em tomar as mesmas medidas de restrição de viagens vindas da China e de outros pontos. Como resultado, um número grande de novos casos nos EUA foram resultado de viajantes da Europa", declarou.

A Europa registra 22.307 casos do novo coronavírus e 930 mortes. Os EUA registraram 1.267 casos e 38 mortes até a noite de quarta (11).

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas