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Descrição de chapéu Governo Bolsonaro Coronavírus

Premiê do Paquistão cita Bolsonaro ao criticar medidas de isolamento contra coronavírus

'Há o corona de um lado e a fome do outro', diz Imran Khan ao mencionar o presidente brasileiro

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Daniel Avelar
São Paulo

O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, mencionou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira (3) ao criticar as medidas de isolamento adotadas em vários países para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.

“Veja, assim como disse o presidente Bolsonaro, do Brasil, […] há o corona de um lado e a fome do outro. Como é que você pode dizer a uma pessoa faminta que fique em casa”, afirmou Khan em entrevista coletiva.

Homem usa máscara em mesquita da cidade de Rawalpindi, no Paquistão - Aamir Qureshi/AFP

“É preciso achar um equilíbrio. […] Você não pode trancafiar 220 milhões de pessoas”, acrescentou, referindo-se ao número de habitantes de seu país.

Até agora, o Paquistão registra 2.458 casos da Covid-19 e 35 mortes causadas pela doença —apesar das críticas do primeiro-ministro, o país segue adotando a quarentena para desacelerar a disseminação do vírus.

O líder paquistanês é uma das poucas vozes na comunidade internacional alinhadas a Bolsonaro na crítica às medidas de isolamento recomendadas pela Organização Mundial da Saúde.

O premiê paquistanês, Imran Khan, durante evento no início de fevereiro - Reuters

No entanto, Khan parece divergir de Bolsonaro na gravidade atribuída à pandemia. "[O vírus] definitivamente representa uma ameaça para nós e precisamos tomar todas as precauções", disse o paquistanês. Já o brasileiro comparou a doença a um "resfriadinho".

Aproximadamente metade da população mundial encontra-se sob ordens para ficar em casa, defendidas inclusive por aliados do brasileiro, como o americano Donald Trump, o israelense Binyamin Netanyahu e o indiano Narendra Modi.

Bolsonaro voltou a criticar o fechamento de comércios e escolas nesta sexta-feira, dizendo que as medidas de quarentena adotadas por governadores e prefeitos terão impactos negativos na economia.

"Vai quebrar tudo ... Não pode fechar dessa maneira, e atrás disso vem desemprego em massa, miséria, fome, vem violência", afirmou o presidente.

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