Siga a folha

Chanceler chinês diz que vírus político se espalha pelos EUA

Em entrevista anual, diplomata defende cooperação entre as duas potências econômicas

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Pequim | Reuters

Em vez de espalhar mentiras e atacar a China, os EUA deveriam parar de perder tempo e trabalhar com o país asiático no combate à pandemia, disse o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, neste domingo (24).

Na entrevista coletiva anual que ocorre durante o Congresso Nacional do Povo (NPC), Wang lamentou as mortes nos EUA, onde o número de óbitos se aproxima dos 100 mil, o maior já registrado em qualquer país, mas também fez críticas.

"Lamentavelmente, além de um furioso coronavírus, um vírus político também se espalha pelos EUA. Esse vírus está usando toda oportunidade para atacar e manchar a China", afirmou o chanceler, que também é conselheiro de Estado.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, em entrevista coletiva - Chen Yehua - 24.mai.20/Xinhua

Wang disse ainda que os países precisam aprender um com o outro, compartilhar suas experiências no combate e se ajudar. "Quero dizer aqui: não percam mais um tempo precioso e não ignorem vidas."

Os EUA e a China vêm trocando farpas e ataques verbais nos último anos, e a crise sanitária exarcebou as tensas relações entre os países. Há uma guerra de versões sobre a origem e como o coronavírus se espalhou pelo mundo.

Os americanos, Trump à frente, passaram meses insinuando que os chineses haviam liberado o novo coronavírus, acidentalmente ou não, de um laboratório em Wuhan.

Já autoridades de Pequim defenderam que uma delegação militar americana havia dispersado o patógeno durante competição esportiva na cidade onde a Covid-19 surgiu.

Além de narrativas próprias para a pandemia, há divergências relacionadas a Hong Kong, direitos humanos e o apoio americano a Taiwan, que a China considera como um território rebelde.

As duas maiores economias do mundo protagonizam ainda uma guerra comercial.

Sobre a recuperação econômica, Wang disse que a China segue preparada para trabalhar junto com os EUA no espírito de cooperação e respeito mútuo.

"A China sempre defendeu que, como o maior país em desenvolvimento e o maior país desenvolvido, ambos carregamos uma maior responsabilidade pela paz mundial e pelo desenvolvimento", afirmou. "China e EUA ganham com cooperação e perdem com confronto."

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas