Polônia deixará tratado de combate a violência contra as mulheres
Ativistas protestaram contra decisão em Varsóvia e dizem que governo quer legalizar agressões domésticas
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A Polônia tomará medidas na semana que vem para deixar a Convenção de Istambul, tratado europeu de combate à violência contra as mulheres.
O governo, de direita, diz que as regras violam o direito dos pais ao determinar que as escolas ensinem as crianças sobre questões de gênero, disse Zbigniew Ziobro, ministro da Justiça polonês.
"Ele contém elementos de natureza ideológica, o que consideramos danoso", disse.
O partido PiS, que comanda o país, é alinhado à Igreja Católica e defende uma agenda conservadora. O combate aos direitos LGBT foi uma das bandeiras de campanha do presidente Andrzej Duda, reeleito neste mês.
Na sexta (24), milhares de pessoas, a maioria mulheres, protestaram em Varsóvia e em outras cidades contra a saída do tratado.
"O objetivo dessa mudança é legalizar a violência doméstica", critica Magdalena Lempart, uma das organizadoras do protesto.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a violência doméstica aumentou na Europa neste ano, em meio aos meses de confinamento por causa da pandemia.
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