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Convocados por grupos neonazistas, mais de 10 mil protestam em Berlim contra isolamento social

Manifestantes usaram slogans antissemitas e símbolos proibidos pela Constituição alemã

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Márcia Bechara
RFI

Sem distanciamento e sem máscaras, milhares de pessoas saíram às ruas em Berlim neste sábado (1°) convocadas pela extrema direita para protestar contra as regras de isolamento social. A manifestação na capital alemã acontece em meio a uma escalada de contaminações por Covid-19 no país europeu.

Um porta-voz da polícia alemã disse que cerca de dez mil pessoas já estavam reunidas no início do protesto —segundo a imprensa alemã, o número era esperado apenas no fim do ato.

Manifestantes marcham na rua Friedrichstrasse, em Berlim, contra as medidas de combate ao coronavírus - John MacDougall/AFP

O ministro da Economia da Alemanha, Peter Altmaier, pediu recentemente sanções mais duras por violações às regras de isolamento social e ações firmes em casos de "má conduta irresponsável" por parte da população.

O slogan da manifestação, "o fim da pandemia - dia da liberdade", é uma referência ao filme homônimo "Dia da Liberdade", produto de propaganda da cineasta nazista Leni Riefenstahl sobre o congresso do partido de Hitler, em 1935.

A convocação foi feita pelo grupo neonazista Querdenken 711, que se manifesta há semanas em Stuttgart. Segundo o senador Andreas Geisel (SPD), de Berlim, várias organizações neonazistas também pediram a participação de apoiadores.

Outro protesto convocado pela "teórica da conspiração" Attila Hildmann também havia sido anunciada para este sábado, mas foi proibido com antecedência, por acusação de sedição. Foi a segunda proibição consecutiva de uma manifestação de Hildmann, na Alemanha.

O protesto teve diferentes bandeiras, inclusive símbolos proibidos pela Constituição alemã, como a “Reichskriegsflagge”, bandeira do Exército nazista usada durante a Segunda Guerra Mundial, com a famosa cruz do “Reich” idealizada por Hitler.

Um dos cartazes da manifestação trazia outra clara referência antissemita, com a frase "a máscara é a Estrela de Davi nazista dos não-vacinados", lembrando a estrela amarela que os judeus eram obrigados a usar no braço sob o regime de Hitler.

Os milhares de alemães ligados a grupos de extrema direita expressaram sua insatisfação com as medidas de proteção contra o coronavírus com apitos e pediram liberdade e resistência.

Slogans como "a maior teoria da conspiração é a pandemia da Covid-19" também foram ouvidos, segundo a agência de notícias DPA, reportou a revista Der Spiegel.

Cerca de 1.100 agentes das forças de segurança fazem o policiamento da manifestação em Berlim. Diversas contra-manifestações ocorrerão durante este sábado, em oposição a esse ato negacionista.

No total, são esperados mais de 20 mil manifestantes neste fim de semana em Berlim.

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