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Descrição de chapéu terrorismo

França homenageia vítimas dos ataques terroristas de 5 anos atrás em Paris

Atos foram reduzidos devido ao novo pico de infecções por Covid-19 no país

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São Paulo

A França homenageou nesta sexta (13) as vítimas do pior atentado terrorista já registrado no país, há cinco anos. Em 13 de novembro de 2015, uma série de ataques no Stade de France, em bares e restaurantes e na casa de shows Bataclan deixou 129 mortos e 352 feridos em menos de 40 minutos.

As homenagens às vítimas tiveram dimensão reduzida devido à nova alta de infecções por Covid-19. Uma cerimônia com discursos e shows estava planejada, mas os atos foram reduzidos a tributos solenes na capital, com poucas autoridades e representantes de grupos de sobreviventes.

Associações de sobreviventes deixam flores na porta do Bataclan, casa de shows onde 89 pessoas foram mortas em 13 de novembro de 2015 - Benoit Tessier/Reuters

“Não foi uma grande surpresa”, disse Alexis Lebrun, sobrevivente do ataque no Bataclan e porta-voz da associação Life for Paris (vida por Paris), à Radio France Internationale. “A gente viu que o pico da pandemia viria no meio de novembro, então foi bem óbvio que o que havíamos planejado seria cancelado.”

A Life for Paris e a Fraternité et Verité, outra associação de sobreviventes, promoveram atos dispersos pela cidade —com distanciamento e uso de máscaras—, nos quais membros das organizações discursaram e ficaram alguns minutos em silêncio em frente a cada um dos locais atacados.

Os discursos fizeram paralelos com os atentados recentes, na França e na Áustria, que mostram que o terrorismo segue uma ferida aberta no país e na Europa. Eles também enfatizaram a importância de lembrar as vítimas e resistir ao uso político desses atentados.

As associações ainda organizaram transmissões de um concerto da Orquestra de Câmara de Paris e de um show da banda americana Queens of the Stone Age, cujos integrantes são próximos aos membros do Eagles of Death Metal, grupo que tocava no Bataclan na noite dos atentados. Elas têm o objetivo de arrecadar recursos para as famílias da vítimas.

Arthur Dénouveaux, presidente da Life for Paris, disse em nota que a impossibilidade de fazer uma cerimônia grande “é uma notícia muito inesperada e cruel”. “Portanto”, continuou, “não se sintam abandonados". "Estamos unidos pelo pensamento, pela emoção, e a cidade de Paris e o Estado nos mostram que todo o país está conosco. Unidos estamos, unidos permaneceremos.”

No Twitter, o presidente francês, Emmanuel Macron, publicou uma mensagem de apoio.

“A França foi atingida no coração [pelos ataques], mas os franceses permaneceram de pé. De pé para defender nossas liberdades e valores, de pé por todos que tombaram e por todos que restaram. Não esqueceremos nunca a noite de novembro de 2015. Não vamos desistir. Vamos nos manter juntos.”

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