Príncipe Andrew é denunciado por abuso sexual no caso Jeffrey Epstein
Americana diz ter sido explorada sexualmente por membro da realeza britânica aos 16 anos
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Uma americana que acusa o príncipe Andrew de ter abusado dela por meio da rede de tráfico sexual do financista Jeffrey Epstein entrou nesta segunda-feira (9) com um processo em Nova York contra o membro da realeza britânica.
Segundo informações do advogado dela, a denúncia afirma que o duque de York, terceiro filho da rainha Elizabeth 2ª, é "um dos homens poderosos" a quem Virginia Giuffre foi "entregue para fins sexuais".
Epstein foi preso e acusado de tráfico sexual de menores de idade em julho de 2019. Ele se declarou inocente, e um mês depois seu corpo foi encontrado na prisão onde aguardava julgamento. A suspeita é de que ele tenha se suicidado no centro de detenção.
Segundo a denunciante, os fatos ocorreram entre 2000 e 2002, quando ela tinha 16 anos. Giuffre diz que Epstein a levou a Londres para encontrar Andrew e que a manteve na capital britânica como uma escrava sexual.
"Responsabilizo o príncipe Andrew pelo que me fez. Os ricos e poderosos não estão isentos de prestar contas. Espero que outras vítimas vejam que é possível não viver no silêncio e no medo", declarou.
Na denúncia, ela diz que Andrew a forçou a ter relação sexual não consentida com ele não só em Londres, mas também em uma mansão de Epstein em Manhattan e em uma ilha privada do bilionário nas Ilhas Virgens.
Procurado pela agência Reuters, um porta-voz de Andrew não quis comentar.
O príncipe, de 61 anos, negou as acusações em entrevista concedida à BBC em novembro de 2019 e lançou dúvida sobre a autenticidade de uma foto na qual ele aparece com Giuffre. Ao fundo, aparece Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein que está presa por ter colaborado com o bilionário.
Apesar de seus desmentidos, a associação de Andrew com o empresário americano o obrigou a se retirar da vida pública.
A denúncia de Giuffre afirma que ela "foi forçada por ameaças explícitas e implícitas” de Epstein, Maxwell e Andrew a participar dos atos sexuais com o membro da família real e que temia retaliações caso desobedecesse às ordens.
"A riqueza, o poder, a posição e as conexões de Andrew permitiram que ele abusasse de uma criança fragilizada e vulnerável que não tinha quem a protegesse”, diz a queixa.
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