O aumento das infecções por coronavírus em Xian fez com que o governo chinês determinasse o confinamento dos 13 milhões de residentes da cidade nesta quinta-feira (23).

A medida ocorre semanas antes de Pequim sediar a próxima edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, em fevereiro —a capital chinesa fica cerca de 1.000 quilômetros a nordeste de Xian.

A contagem diária de infecções com sintomas na cidade aumentou por seis dias consecutivos desde 17 de dezembro, o que elevou o registro de casos locais para mais de 200 entre 9 e 22 de dezembro, cifra menor do que de muitos surtos fora do país. Nenhuma infecção pela ômicron foi encontrada em Xian.

A partir desta quinta, cada família pode enviar apenas uma pessoa para fazer compras a cada dois dias, enquanto as outras não podem sair de casa, a menos que sejam trabalhadores considerados essenciais.

A cidade suspendeu os serviços de ônibus de longa distância e proibiu viagens de táxis ou com carros alugados para fora do limite urbano, posicionando policiais nas saídas das rodovias para dissuadir as viagens que as autoridades considerem desnecessárias. Aqueles que quiserem sair devem ter um teste negativo antes da partida e obter autorização dos empregadores ou das autoridades comunitárias.

A cidade também começou a realizar testes em massa. Uma aluna de uma universidade com sede em Xian disse que fez fila ao ar livre por cerca de uma hora enquanto nevava, a fim de realizar um exame.

"O ginásio coberto não é grande o suficiente, e a demanda por exames é enorme", disse a estudante, que deu apenas o sobrenome, Zhu. "Locais temporários foram criados em um campo de esportes ao ar livre."

Na quarta, a China confirmou 71 casos sintomáticos de Covid, 63 dos quais em Xian, informou a Comissão Nacional de Saúde. Conhecida pela política de Covid zero, a China teve 100.644 casos registrados até quarta, tanto locais quanto entre viajantes internacionais. O número de mortos em todo o país é de 4.636.