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Descrição de chapéu Coreia do Norte

Homem que cruzou fronteira para Coreia do Norte era desertor do regime, diz Seul

Comando militar sul-coreano havia dito que se tratava de um cidadão do país

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Seul | Reuters

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul afirmou nesta segunda-feira (3) acreditar que o homem visto cruzando a fronteira fortemente vigiada para a Coreia do Norte na última semana seja um desertor do regime de Kim Jong-un que já havia passado pelo mesmo local em 2020.

O Estado-Maior Conjunto do Sul divulgou a realização de uma investigação após detectar a pessoa na parte leste da zona desmilitarizada. Anteriormente, o comando havia dito se tratar de um sul-coreano. Segundo a mídia do país, o homem tinha experiência como ginasta, o que o ajudou a escalar as cercas.

Soldados da Coreia do Sul vigiam fronteira com o Norte, na zona desmilitarizada que separa os dois países - 9.jan.18/AFP

Um oficial do ministério disse a jornalistas que o homem teria cerca de 30 anos e chegado ao Sul em novembro de 2020. A essa altura, Seul afirma não acreditar que se trate de um caso de espionagem, segundo o funcionário. Ele também relatou que a Coreia do Norte reconheceu ter recebido as mensagens do Sul sobre o incidente, mas não forneceu mais detalhes. Investigadores ainda buscam determinar se um movimento detectado no fim de semana eram tropas do regime que se dirigiam para levar o homem.

O cruzamento da fronteira ocorreu em meio às duras medidas adotadas pelo Norte no início de 2020 para conter a propagação da Covid —ainda que o regime não tenha confirmado nenhuma infecção.

As restrições geraram um incidente no qual tropas norte-coreanas mataram um oficial da pesca do Sul a tiros e depois queimaram seus restos mortais, sob a justificativa de precaução contra o coronavírus. Após o caso, o regime se desculpou.

FRONTEIRA PERIGOSA

Ainda que milhares de norte-coreanos tenham se estabelecido no Sul, as passagens pela zona desmilitarizada são raras, e a maioria dos desertores deixa o país pela China.

Ainda assim, diversos incidentes motivaram preocupações por parte de Seul relacionadas a falhas na segurança ou a demora na resposta de tropas que vigiam a fronteira.

Quando o desertor cruzou da Coreia do Norte para o Sul em 2020, por exemplo, passaram-se 14 horas até que ele fosse detido, gerando uma promessa dos militares de Seul de melhorar a segurança.

No caso da última semana, a presença de uma pessoa perto da fronteira passou despercebida por cerca de três horas até que câmeras de segurança gravassem alguém escalando, o que disparou o alarme. Uma operação de busca chegou a ser feita, mas os sul-coreanos não conseguiram impedir a passagem para o Norte.

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