Segunda mulher do agora rei Charles 3º, Camilla Parker Bowles se tornou automaticamente sua rainha consorte com a morte de Elizabeth 2ª nesta quinta-feira (8).

O título teria sido considerado impossível 25 anos atrás. Quando a primeira mulher de Charles, a glamorosa e adorada princesa Diana, morreu em um acidente de carro, Camilla era retratada na mídia como a mulher mais odiada do Reino Unido —alguém que jamais poderia se casar com Charles, quanto mais se tornar rainha.

De fato, a concessão do título era pouco provável até pouco tempo. Em 2005, quando Charles e Camilla se casaram, um comunicado da família real afirmava que a intenção do príncipe era que ela mantivesse o título de princesa consorte.

À época, o anúncio foi visto como um reconhecimento da sensibilidade do tema, já que o título de rainha estava destinado a Diana, que se divorciou do então príncipe em um episódio envolto em boatos de traição mútua em 1996.

Neste ano, contudo, Elizabeth anunciou sua vontade de que Camilla se tornasse rainha consorte em um comunicado oficial divugado em meio às celebrações de seu Jubileu de Platina.

"Quando meu tempo acabar e meu filho Charles se tornar rei, sei que vocês darão a ele e a sua mulher Camilla o mesmo apoio que deram a mim; e é meu desejo sincero que, quando esse momento chegar, Camilla seja conhecida como rainha consorte", escreveu.

O título é dado à mulher do rei no poder. Em tese, ela tem a mesma posição social e o status do cônjuge. Historicamente, no entanto, não possui os mesmos poderes políticos.