Morta há 25 anos, Diana queria ser rainha, mas ainda estaria à espera

Ex-mulher do príncipe Charles recebe homenagens que reforçam o legado de seu carisma

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Paris | AFP e Reuters

Em um almoço em Nova York com uma repórter da revista New Yorker em 1997, Diana Spencer contou que formaria "o melhor time do mundo" com o príncipe Charles, caso eles tivessem mantido o casamento e ela ainda fizesse parte da família real.

"Eu poderia passar o dia todo dando apertos de mão. E Charles saberia fazer discursos sérios. Mas não era para ser", disse à jornalista a mulher que ficou conhecida em todo o mundo como princesa Diana ou Lady Di.

Homem vestindo a bandeira do Reino Unido faz homenagens, durante encontro em memória dos 25 anos da morte da princesa Diana, em Londres - Carlos Jasso - 31.ago.22/AFP

Semanas depois, em 31 de agosto, Diana morreria aos 36 anos. Passados 25 anos, Charles é hoje casado com Camilla Parker Bowles, duquesa da Cornualha, e ainda não se tornou rei —cargo que só vai ocupar quando sua mãe, a rainha Elizabeth 2ª, morrer.

As homenagens que Diana recebeu nesta quarta-feira (31) por ocasião do 25º aniversário de sua morte indicam que, mesmo ausente, ela segue de alguma forma mantendo o carisma que a tornou, em vida, uma figura admirada não apenas pelos britânicos.

Em Paris, moradores e turistas lembraram a data colocando flores e deixando mensagens na ponte sobre a passagem subterrânea onde ela morreu em um acidente de carro. Flores e fotos de Diana adornavam a Chama da Liberdade, uma réplica da tocha da Estátua da Liberdade na pont de L'Alma que se tornou seu memorial não oficial na capital francesa.

"Para sempre em nossos corações", dizia um cartão com uma foto de Diana deixado na ponte em Paris. As pessoas também deixaram flores do lado de fora do Palácio de Kensington, em Londres, antiga casa de Diana.

A princesa tinha apenas 36 anos quando o veículo que transportava ela e seu então parceiro, Dodi al-Fayed, acidentou-se no túnel, num momento em que buscava se afastar dos fotógrafos que a perseguiam em motocicletas.

Milhões de pessoas em vários países lembraram nesta quarta a morte da "princesa do povo", como o então primeiro-ministro britânico Tony Blair descreveu Diana, em 1997. Ela era uma das mulheres mais reconhecidas e fotografadas do mundo e uma importante defensora de causas humanitárias, incluindo instituições de caridade para crianças e remoção de minas terrestres.

A morte da mãe dos príncipes William e Harry mergulhou a monarquia britânica em crise, dado que ela se deu pouco depois da desintegração de seu casamento —engolfado em brigas e adultério— com o herdeiro do trono, o príncipe Charles. Com o acidente veio a revelação do estado miserável em que ela se sentia com seu papel na realeza e a tibieza da família real na decisão de como reagir à comoção popular.

Cinco anos atrás, seus filhos participaram de uma série de comemorações públicas de sua vida e falaram do efeito da morte de Diana sobre eles. Mas neste ano os príncipes não participam de nenhum ato oficial, marcando a data em particular com suas famílias, segundo seus porta-vozes.

Diana ainda é lembrada no Reino Unido como um ícone da moda e por ter quebrado as rígidas convenções da realeza. O fascínio contínuo por sua vida de Diana foi ilustrado no sábado (29), quando um Ford Escort preto que ela dirigia na década de 1980 foi vendido em leilão na Inglaterra por mais de R$ 4 milhões.

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