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Descrição de chapéu mudança climática

Espanha registra primavera mais quente da história e prevê verão acima da média

Em quase todo o país, temperaturas tiveram média de 14,2ºC, cifra 1,8ºC superior à média do período de referência

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Madri | Reuters

A Espanha registrou a primavera mais quente e a segunda mais seca da história do país, desde que os dados passaram a ser coletados, em 1961. Segundo afirmaram o Ministério do Meio Ambiente e a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet), nesta quarta (7), as marcações acima da média deverão seguir no verão.

Em quase toda a Espanha, as temperaturas tiveram média de 14,2ºC. De acordo com o comunicado dos órgãos do governo, a cifra foi 1,8ºC superior à média do período de referência, entre 1991 e 2020, além de 0,3ºC mais quente que a marca anterior mais alta, registrada em 1997. "Estamos nos acostumando a quebrar recordes", afirmou Ruben del Campo, porta-voz da agência meteorológica nacional.

Píer que costumava flutuar na água aparece em área seca no reservatório La Vinuela, em Málaga - Jorge Guerrero - 22.mar.23/AFP

Agora, a meteorologista Estrella Gutierrez, da Aemet, diz que há "alta probabilidade" de que a Espanha volte a experimentar um verão mais quente do que o normal. Segundo reportagem do jornal El País, a Espanha proibirá o trabalho ao ar livre quando houver alerta "vermelho ou laranja" decretado pela agência.

A seca prolongada trouxe uma série de consequências para o país europeu. De acordo com Del Campo, "quase nenhuma chuva foi registrada até a primeira metade de maio", o que, por óbvio, afetou a agricultura, inclusive no setor de azeite, que responde por quase metade da produção mundial. O calor e o clima seco ainda trazem perigos adicionais, como um maior risco de incêndios florestais.

Embora as perspectivas de seca de longo prazo tenham diminuído ligeiramente graças às fortes chuvas na segunda quinzena do mês passado, o problema está longe de ser resolvido, acrescentou Del Campo.

Chuvas torrenciais atingiram algumas cidades da costa mediterrânea da Espanha, causando transtornos para a população, com ruas e estradas alagadas, além de veículos arrastados pela correnteza e danos em lavouras. Não houve registro de mortes em decorrência dos temporais.

Fenômenos climáticos extremos são cada vez mais comuns. Cientistas afirmam que os incidentes estão relacionados ao aquecimento global, provocado pela atividade humana. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já destacou a necessidade urgente de ações para conter a crise do clima.

Por isso, fortes temporais têm sido registrados na Europa. Inundações no norte da Itália no início de maio mataram 15 pessoas e deixaram cerca de 23 mil desabrigados, causando bilhões de euros em danos.

O governo italiano anunciou um pacote emergencial de mais de € 2 bilhões (R$ 10,7 bilhões) destinados à região de Emilia-Romagna, localizada no norte do país, principal área afetada pelos temporais.

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