Israel pede renúncia de secretário-geral da ONU após fala sobre conflito com Hamas
Para o embaixador Gilad Erdan, António Guterres foi conivente com assassinato de israelenses ao criticar resposta a ataques da facção
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O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, pediu nesta terça-feira (24) a renúncia do secretário-geral da ONU, António Guterres, depois de o secretário denunciar violações de direitos humanos cometidas pelo país do Oriente Médio durante a guerra contra o Hamas.
" O discurso chocante do @UN Secretário-Geral na reunião do Conselho de Segurança, enquanto foguetes são disparados contra toda Israel, provou conclusivamente, sem qualquer dúvida, que o Secretário-Geral está completamente desligado da realidade na nossa região e que vê o massacre cometido pelo Hamas nazi-terrorista de uma forma distorcida e imoral", escreveu Erdan no X (antigo Twitter).
O embaixador condenou a declaração de que "os ataques do Hamas não aconteceram no vácuo". "É verdadeiramente triste que o chefe de uma organização que surgiu após o Holocausto tenha opiniões tão horríveis. Uma tragédia!", afirmou.
A publicação foi seguida de outras postagens contra a fala de Guterres, momento em que Erdan pediu a renúncia do secretário-geral da ONU.
"Peço-lhe que renuncie imediatamente. Não há qualquer justificativa ou sentido em falar com aqueles que demonstram compaixão pelas mais terríveis atrocidades cometidas contra os cidadãos de Israel e o povo judeu. Simplesmente não há palavras", disse em nova publicação.
António Guterres disse no Conselho de Segurança da ONU, nesta terça-feira (24), que estava "profundamente preocupado com as claras violações do direito humanitário internacional que testemunhamos em Gaza".
"Num momento crucial como este, é vital ter princípios claros — começando pelo princípio fundamental de respeitar e proteger os civis", afirmou Guterres ao Conselho formado por 15 representantes, que discutem o atual conflito entre Israel e Hamas.
Essa, porém, não é a primeira vez que Guterres critica a atuação de Israel na Faixa de Gaza. No começo deste mês, o secretário-geral condenou os ataques promovidos pelo Hamas ao território israelense, mas ressaltou que as operações militares de Tel Aviv deveriam ser conduzidas de acordo com o direito internacional, respeitando a população civil.
Na ocasião, Guterres já havia dado declaração semelhante à desta terça (24), dizendo que a violência na região "não ocorre no vácuo". Disse, ainda, que os palestinos tinham "queixas legítimas" sobre a ocupação de seu território, mas que isso não justificava "atos de terror, mutilação e sequestro de civis".
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